#ReformaDoEnsinoMédio - A Reforma do Ensino Médio foi aprovada no Senado Federal em 08 de fevereiro de 2017 por 43 votos a favor e 13 contra e segue à Sanção ou veto do Presidente Michel Temer(PMDB-SP).Anunciada em setembro de 2016 por Temer e seu Ministro da Educação, Mendonça Filho(DEM-PE), a reforma do Ensino Médio sofreu várias contestações por parte das entidades estudantis secundaristas que ocuparam várias escolas em repúdio à medida provisória sem debate público e de especialistas que criticaram a falta de consulta do corpo docente e dicente e da sociedade em geral além da discordância em relação a eliminação de matérias como artes, educação física, sociologia e filosofia. A possibilidade de contratação de professores sem formação específica em educação, com notório saber, para a trilha formativa em ensino técnico profissionalizante também recebeu repúdio. A Maior Mudança está na flexibilidade do currículo: 60% para matérias obrigatórias como Português, Matemática e Inglês(somente obrigatória para o primeiro ano do Ensino Médio) e 40% como matérias optativas.No Meio do Ensino Médio, o estudante deverá escolher por uma das 5 trilhas formativas: Linguagem e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Formação Técnica Profissional; Para toda a rede educacional, a carga horária deverá aumentar das atuais 800 horas/ano para 1400 horas anuais. As matérias cursadas no ensino médio poderão obter equivalência nas Universidades. A Medida Provisória aprovada na Câmara e no Senado também institui a Política de Fomento à Implementação das Escolas de Ensino Médio de Tempo Integral. O Texto diz que durante 10 anos a partir da implementação das Escolas de Ensino Médio de Tempo Integral o Ministério da Educação deverá repassar recursos financeiros aos Estados. Esta situação levanta dúvidas da sua viabilidade na medida em que haverá grande contingenciamento de recursos públicos para Educação bem como outras áreas sociais como Saúde por conta da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos por 20 anos, acontecida recentemente. Os opositores da mudança do Ensino Médio afirmam que a mesma é antidemocrática, perversa e inócua. Antidemocrática porque não permitiu o amplo debate entre as partes envolvidas e interessadas e o contraditório. Perversa porque acentuará ainda mais as graves desigualdades entre pessoas com melhores condições financeiras e a maioria trabalhadora assalariada e os cerca de 20 milhões de desempregados e desempregadas e suas famílias. Inócua porque não resolverá a motivação da mudança do Ensino Médio que é a existência de 14% de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos não estudam nem trabalham segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2016, divulgada pelo IBGE. #Educação #EnsinoMédio

#BaseNacionalComumCurricular #BNCC - No dia 06 de abril de 2017, o Ministério da Educação do Governo Temer divulgou a terceira versão da Base Nacional Comum Curricular, ponto norteador dos currículos de 190 mil escolas brasileiras, públicas e privadas. A Base Nacional Comum Curricular ainda deverá passar pela discussão e homologação no Conselho Nacional de Educação(CNE); Defensores da versão final da Base Nacional Comum Curricular apontam para a mudança de uma educação muito teórica para outra mais prática e interativa, e da transformação da educação conteudista para uma educação por competências,mais adequada aos desafios contemporâneos. Os críticos afirmam que a Base Nacional Comum Curricular não envolveu quem deverá implementá-la:os educadores e educadoras.

foto:Apresentação da primeira versão da Base Nacional Comum Curricular/Reprodução Internet

#ReformaDoEnsinoMédio - A Medida Provisória 746/2016 que trata da  Reforma do Ensino Médio foi aprovada no Senado Federal em 08 de fevereiro de 2017 por 43 votos a favor e 13 contra e segue à Sanção ou veto do Presidente Michel Temer(PMDB-SP).Anunciada em setembro de 2016 por Temer e seu Ministro da Educação, Mendonça Filho(DEM-PE), a reforma do Ensino Médio sofreu várias contestações por parte das entidades estudantis secundaristas que ocuparam várias escolas em repúdio à medida provisória sem debate público e de especialistas que criticaram a falta de consulta do corpo docente e discente e da sociedade em geral, além da discordância em relação a eliminação de matérias como artes, educação física, sociologia e filosofia. A possibilidade de contratação de professores sem formação específica em educação, com notório saber, para a trilha formativa em ensino técnico profissionalizante também recebeu repúdio.


 foto:Estudantes secundaristas e populares protestam contra a reforma do Ensino Médio em SP, sob forte vigilância das forças de repressão e segurança/Reprodução Internet


A Maior Mudança está na flexibilidade do currículo: 60% para matérias obrigatórias como Português, Matemática e Inglês(somente obrigatória para o primeiro ano do Ensino Médio) e 40% como matérias optativas.

No Meio do Ensino Médio, o estudante deverá escolher por uma das 5 trilhas formativas:

Linguagem e suas Tecnologias;
Matemática e suas Tecnologias;
Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas;
Formação Técnica Profissional;

Para toda a rede educacional, a carga horária deverá aumentar das atuais 800 horas/ano para 1400 horas anuais.

As matérias cursadas no ensino médio poderão obter equivalência nas Universidades.


foto:Presidente Michel Temer(PMDB-SP) e o Ministro da Educação Mendonça Filho(DEM-PE) contestados pela ausência de debate e pela forte influência de grupos empresariais na formulação da reforma do Ensino Médio/Reprodução Internet

A Medida Provisória aprovada na Câmara e no Senado também institui a Política de Fomento à Implementação das Escolas de Ensino Médio de Tempo Integral. O Texto diz que durante 10 anos a partir da implementação das Escolas de Ensino Médio de Tempo Integral o Ministério da Educação deverá repassar recursos financeiros aos Estados. Esta situação levanta dúvidas da sua viabilidade na medida em que haverá grande contingenciamento de recursos públicos para Educação bem como outras áreas sociais como Saúde por conta da aprovação da Proposta de Emenda Constitucional do Teto dos Gastos Públicos por 20 anos, acontecida recentemente.


foto:Estudantes secundaristas e populares protestam contra a reforma do Ensino Médio em SP, sob forte vigilância das forças de repressão e segurança/Reprodução Internet

Os opositores da mudança do Ensino Médio afirmam que a mesma é antidemocrática, perversa e inócua. Antidemocrática porque não permitiu o amplo debate entre as partes envolvidas e interessadas e o contraditório. Perversa porque acentuará ainda mais as graves desigualdades entre pessoas com melhores condições financeiras e a maioria trabalhadora assalariada e os cerca de 20 milhões de desempregados e desempregadas e suas famílias. Inócua porque não resolverá a motivação da mudança do Ensino Médio que é a existência de 14,4% de jovens brasileiros entre 14 e 29 anos que não estudam e nem trabalham, segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2016, divulgada pelo IBGE.



foto:Reprodução Internet


Alguns pensadores críticos da reforma do Ensino Médio que acompanham atentamente os movimentos políticos e sociais em torno da mudança do ensino médio revelam a maçiça participação de grupos empresariais(Fundação Victor Civita, Instituto Unibanco, Fundação Itau Social, Instituto Península, Movimento pela Base) e movimentos sociais por eles apoiados (como o Todos Pela Educação, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento) na formulação dos principais pontos da reforma do ensino médio e apontam para a estratégia destes atores no sentido de alinhar a educação brasileira para o aumento da produtividade da mão de obra nacional, aumentar a oportunidade de negócios lucrativos para empresas privadas no setor da educação pública e influenciar a formação da juventude brasileira para estabilização do ambiente sócio político nacional.

Outros pensadores especialistas do sistema educacional apóiam a reforma do ensino médio ; criticam apenas a urgência e a ausência de debate mais amplo e detalhado com a sociedade. Além disso, participam do Movimento Todos Pela Educação que apresenta 5 metas, bandeiras e atitudes:









Em 2011, apoiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento foi criada a REDUCA, Rede Latino Americana de Organizações da Sociedade Civil para a Educação, formada em sua maior parte por associações empresariais apoiadas por especialistas simpáticos às parcerias público privadas na área educacional.