O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), foi denunciado formalmente pelo delator da Operação Lava Jato, Júlio Camargo, lobista da empresaToyo Setal e Mitsui, fornecedoras da Petrobrás, de ter cobrado propina no valor de U$ 10 milhões, sendo U$ 5 milhões para ele próprio(Eduardo Cunha) e uma parcela significativa para o lobista do PMDB conhecido como Fernando Baiano que seria,sempre segundo Júlio Camargo, sócio oculto de Eduardo Cunha.O depoimento em que o lobista Júlio Delgado acusou formalmente o presidente da Câmara dos Deputados,Eduardo Cunha(PMDB-ES) de corrupção aconteceu em 16 de julho de 2015, à Justiça Federal.
foto: Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ) é acusado pelo lobista da Toyo Setal e da Mitsui, fornecedoras japonesas da Petrobrás, de ter exigido propina de U$ 10 milhões, em depoimento à operação Lava Jato/Reprodução Facebook
Em nota, Eduardo Cunha rebateu as acusações e desafiou o delator Eduardo Cunha a prová-las na justiça.
A Empresa Mitsui, em nota, negou que Júlio Camargo fosse seu funcionário e afirmou que todos os contratos da empresa com a Petrobrás foram investigados e aprovados pelo Tribunal de Contas da União.
A Procuradoria Geral da República(PGR) rebateu as acusações feitas pelo presidente da Câmara Federal deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ) de que a publicidade da mudança do depoimento do delator da Operação Lava Jato tenha acontecido na véspera de seu pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão(em 17/07/15) e próximo da eleição para a Procuradoria Geral da República em que o atual procurador geral da República, Rodrigo Janot, é candidato. A PGR afirmou, em nota, que o calendário dos depoimentos de réus da Operação Lava Jato que aceitaram a Delação Premiada é determinada, de forma independente, pela Justiça Federal.
Assista ao depoimento do Lobista Júlio Camargo em que ocorre a denúncia de cobrança de propina pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ):
No dia 17 de julho de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), declarou publicamente que está politicamente rompido com o governo federal de Dilma Roussef. E ato contínuo articulou a criação de CPI desfavorável ao Governo Federal: A CPI do BNDES. Acusou o Governo Federal e a Polícia Federal de constrangerem o Poder Legislativo através de execução de mandados de busca e apreensão nas residências de senadores investigados pela Operação Lava Jato nesta semana(Fernando Collor de Mello(PMDB-AL), Ciro Nogueiro(PP-PI), Fernando Bezerra Coelho(PSB-PE). Disse que apesar de já ser oposição ao Governo Dilma Roussef terá relação institucional com o Poder Executivo, respeitando a independência dos três poderes e a governabilidade do país. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República disse esperar, em nota, que a posição pessoal do presidente da Câmara não se reflita em seu comportamento institucional.
foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo/Meme Portal g1
O PMDB, partido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ) e do Senado (Renan Calheiros(PMDB-AL) apoiou a candidatura Dilma Roussef(PT) à reeleição, e integra a base governista, com participação ativa na esplanada dos Ministérios e na articulação política com o Congresso Nacional , através da atuação do vice presidente, Michel Temer(PMDB-SP).Em fevereiro de 2015, houve eleição para escolha do presidente da Câmara dos Deputados, e o Governo Dilma Roussef articulou nos bastidores de forma enfática apoio à candidatura do deputado federal Arlindo Chinaglia(PT-SP), concorrente de Eduardo Cunha(PMDB-RJ). Chinaglia foi derrotado e Cunha não esqueceu a traição do governo Dilma, tornando-se a partir de então, uma espécie de porta voz da oposição e articulando para barrar projetos importantes para o governo federal e impondo uma agenda independente à revelia do mesmo.
foto:Eduardo Cunha(PMDB-RJ) e a presidenta Dilma Roussef(PT) cumprimentam-se em convenção nacional do PMDB, em que ficou acertado o apoio formal da legenda à reeleição de Dilma em 2014/Reprodução Facebook
Em 17 de julho de 2015, à noite, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), fez pronunciamento em rede nacional de Rádio e TV, com discurso enfatizando balanço da atividade parlamentar da Câmara, sob sua liderança. Redução da Maioridade Penal, Terceirização de Atividades Fim, Mudança das Regras da Aposentadoria pelo INSS, Marco Regulatório da Biodiversidade, PEC da Bengala,renegociação das dívidas dos Estados e Municípios com a União, Ajuste Fiscal, Reforma Política foram os principais tópicos abordados por Cunha que ressaltou a independência do Poder Legislativo. A Hashtag #CunhaNaCadeia esteve entre os TrendTopics do Twitter Mundial no final da tarde e começo da noite de 17/07/15.
http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/eduardo-cunha-faz-pronunciamento-em-rede-nacional-de-tv-e-radio.html
O Presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha(PMDB-RJ) despachou na tarde de 17/07/15, 11 ofícios que requerem o impeachment da presidenta Dilma Roussef, solicitados pelo deputado Federal Jair Bolsonaro(PMDB-RJ) e por mais 10 cidadãos e cidadãs brasileiras de diversas localidades.Instada a fornecer os documentos por jornalistas, a Secretaria Geral da Mesa da Câmara argumentou que não poderia fornecê-los neste momento. Os jornalistas irão acionar a Lei de Acesso a Informação para obter mais informações dos despachos de Cunha.
No dia 20 de agosto de 2015, a Procuradoria Geral da República ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal(STF) para transformar Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara Federal e o senador Fernando Collor de Mello(PTB-AL) em réus na Operação Lava Jato. Ambos os denunciados negam responsabilidade e o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha(PMDB-RJ) recusa-se a sair da presidência da Câmara Federal.
http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2015/08/procurador-janot-denuncia-eduardo-cunha-ao-stf-por-corrupcao.html
foto: Ueslei Marcelino/Reuters