No dia 05 de novembro de 2015, ocorreu o maior e mais grave crime ambiental do Brasil, no distrito de Bento Rodrigues, pertencente ao município de Mariana, cidade histórica de Minas Gerais. Duas Barragens de rejeitos de mineração da Empresa Samarco(cujas proprietárias são a multinacional brasileira VALE, antiga Companhia Vale do Rio Doce, e a anglo-australiana BHP-Biliton) romperam, for falta de manutenção por parte das empresas mineradoras e completa ausência de fiscalização dos poderes públicos, provocando a morte de 12 pessoas, o desaparecimento de outras 11, além das centenas de feridos e da devastação sócio-econômico-ambiental em toda a região do Vale do Rio Doce.
foto:Rapaz carrega caixão do corpo de menina de 5 anos em Bento Rodrigues/Ricardo Moraes, Reuters
foto:Bruno Alencastro, RBS
foto:Bombeiros trabalham à procura de desaparecidos em Bento Rodrigues/Felipe Dana
foto:Destruição em Bento Rodrigues, causada pela força da torrente de Lama da Vale/Samarco/Felipe Dana
O Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de Minas Gerais(MPMG) e coordenador da Promotoria do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, considerou que as empresas mineradoras responsáveis pela barragem que colapsou, são responsáveis por todos os danos causados e que foram negligentes. "Por isso, o que aconteceu em Mariana, não pode ser chamado de Acidente ou Fatalidade."-disse o coordenador de Meio Ambiente do MPMG. O MPMG havia alertado as empresas Samarco/Vale sobre a possibilidade de colapso de suas barragens de rejeitos em 2014.
foto:Promotor do Meio Ambiente de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, acusa a Vale/Samarco e Negligência e imputa total responsabilidade às duas empresas pelas mortes e danos ambientais provocados pela ruptura das barragens em Mariana/Sandra Kiefer
A Vale, presidida por usava a Barragem Fundão da Samarco, danificada por excesso de rejeitos de mineração, para dar vazão aos efluentes da Mina Alegria, situada a 25 quilômetros de Bento Rodrigues. Até 24 de novembro de 2015, a Vale não assumiu responsabilidade pelo maior crime ambiental do Brasil.Legalmente, mesmo compartilhando a Barragem Fundão com a Vale, a Samarco é a responsável constratual pela manutenção e gestão do dispositivo de contenção de rejeitos.
Vale e Samarco, através de seus presidentes, Murilo Ferreira e Ricardo Vescovi, respectivamente, são membros ativos e protagonistas do IBRAM, Instituto Brasileiro de Mineração, que realiza pressão para aprovação do Novo Marco Legal da Mineração, anunciado em 18 de junho de 2013 pela presidente Dilma Roussef, e que tem recebido fortes questionamentos políticos e legais por parte de organizações ambientalistas e comunidades afetadas pela atividade das empresas mineradoras.
foto:Presidente da Vale, Murilo Ferreira/OGlobo
foto:Presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, com a medalha da Inconfidência entregue pelo Governador do Estado de MG, Antônio Anastasia, em 21/03/2013/Jornal Empresarial
A Vale e outras empresas mineradoras da região são muito solicitadas em época de campanhas eleitorais e realizam polpudas doações à candidatos de legendas diversas do espectro partidário brasileiro.
foto: Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), ameaçado de cassação por quebra de decoro parlamentar por ter mentido à CPI da Petrobrás e o Senador Aécio Neves(PSDB-MG)
foto:Lançamento do Novo Marco da Mineração pelo Governo Federal da Presidenta Dilma Roussef, em 18/06/2013, com o ex-deputado federal do PT-PR, André Vargas, cassado após denúncias da Operação Lava Jato, da senadora Gleysi Hoffman(PT-PR) e do Ex-Ministro das Minas e Energia Edson Lobão(PMDB-MA)/Reprodução FB
foto:Meme do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, expondo o comprometimento dos deputados federais Leonardo Quintão(PMDB-MG) e Gabriel Guimarães(PT-MG), financiados pela indústria da mineração e relator e presidente da comissão parlamentar do Novo Marco da Mineração, em tramitação no Congresso Nacional
Após um silêncio estarrecedor, o Governador do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel(PT-MG), a Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira, a Presidenta do Ibama, Marilene Ramos, o Ministro das Minas e Energia Eduardo Braga(PMDB-AM) e a presidenta Dilma Roussef se manifestaram em solidariedade às vítimas e apontando responsabilidade da SAMARCO, embora com a utilização das palavras acidente, fatalidade, tragédia, atenuando o dano à imagem do setor minerador, desenvolvido em todo o Brasil, por Multinacionais, sem fiscalização.
foto:Coletiva de Imprensa convocada pelo Governador Fernando Pimentel(PT-MG) na sede da Samarco, em 08/11/15, 3 dias após o crime ambiental acontecer/Governo de Minas Gerais
foto:Sobrevoo da região de Mariana pela Presidenta Dilma Roussef e pelo governador de Minas Gerais Fernando Pimentel(PT-MG)/Governo Federal
foto:Presidenta do Ibama, engenheira florestal especialista em rios e bacias hidrográgica, Marilene Ramos/Hermínio Lacerda
foto:Ministra do Meio Ambiente, Isabela Teixeira/Governo Federal
foto:Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga(PMDB-AM), o terceiro da esquerda para a direita, ladeados por(da esquerda para a direita): Murilo Ferreira, Presidente da Vale;Luis Eulálio Terra da Embu SA;Diretor-Presidente do IBRAM, José Fernando Coura, Senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Presidente do Conselho Diretor do IBRAM e Diretor-Presidente da Samarco Mineração S.A., Ricardo Vescovi e Vice-Presidente Sênior das Américas da AngloGold Ashanti e Conselheiro do IBRAM, Hélcio Guerra. Crédito: Eugênio Novaes.
Protestos foram realizados em diversas cidades do Brasil e também nas redes sociais para pressionar a VALE a assumir a responsabilidade pelo maior crime ambiental do país e a ressarcir todos os imensos prejuízos causados.
Foto:Mina da Vale/Agência Vale
foto:Mineração/Reprodução FB
foto:Cristina Boeckel/g1foto:Protesto contra a Vale, no RJ/Fábio Motta, Estadão Conteúdo
foto:Protesto contra a Vale no Rio de Janeiro/Ricardo Moraes, Reuters
foto: Protesto exige punição dos responsáveis pelo maior crime ambiental do Brasil na Mobilização Mundial pelo Clima em 29/11/2015, em São Paulo/Heber Biella
A Lama proveniente do vazamento da Barragem da Samarco, em Mariana, percorreu todo o Vale do Rio Doce, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, alcançando sua foz no Município de Linhares(ES) após destruir flora, fauna, solo, atividade pesqueira e o fornecimento de água. Os municípios de Governador Valadares em Minas Gerais e Colatina no Espirito Santo,foram os mais atingidos em relação ao abastecimento da água à população, já que dependem totalmente da integridade da bacia do Rio Doce.
foto:Rio Doce Antes e Depois ser assoreado pela Lama do Crime Ambiental de Mariana/portal g1
foto:Lama do Rio Doce inviabiliza captação de água do município de Governador Valadares(MG), causando caos à cidade Mineira/portal g1
foto: Lama do Rio Doce atinge a fronteira entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo/Alfredo Passos blog
foto:Lama do Rio Doce inviabiliza captação de água do município de Colatina(ES), causando caos à cidade capixaba/portal g1
foto:Peixes Mortos às Margens do Rio Doce/Gabriela Billó/Estadão Conteúdo
foto:Lama do Rio Doce alcança o Oceano Atlântico em Linhares(ES) em 21/11/15/gabriela Billó/Estadão
foto:Rio Doce tomado pela Lama da Vale/Jornalistas Livres
foto:Lama do Rio Doce alcança o Oceano Atlântico em Linhares(ES) em 21/11/15/UOL
foto:Lama do Rio Doce alcança o Oceano Atlântico em Linhares(ES) em 21/11/15/UOL
foto: foto:Lama do Rio Doce alcança o Oceano Atlântico em Linhares(ES) em 21/11/15 e Antes da Lama chegar à Foz do Rio Doce/ZoomFilmes
foto:Protesto contra a Samarco/Vale antes da lama chegar à foz do Rio Doce em Linhares(ES)/Zoom Filmes
No Brasil, existem 663 barragens como a que rompeu em Mariana. Sem Manutenção. Sem Fiscalização.A Comissão de Meio Ambiente do Senado vai debater esta situação das barragens de mineradoras no Brasil.Existem cerca de 43 barragens de mineradoras que apresentam alto risco de colapso.
A Organização das Nações Unidas repudiou a ausência de informações a respeito dos riscos oferecidos pela lama tóxica contendo diversos metais pesados como mercúrio, manganês, arsênico, causadores de diversas doenças, após 3 semanas do maior crime ambiental do Brasil, a ruptura e colapso da barragem da Samarco/ValeBHP, em Mariana, Minas Gerais.
foto:EnricoMarcovaldi/EFE
As Ações da Vale não farão parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial(ISE) da Bolsa Mercantil e de Futuros/Bolsa de Valores de SP(BMeF/Bovespa) em 2016. O índice reúne as principais empresas de capital aberto com ações voltadas à responsabilidade socio ambiental do Brasil.Nos últimos dez anos, as ações das empresas do ISE tiveram rentabilidade de 128%, muito superior aos papéis das empresas da BOVESPA, que renderam 51%.Além da Vale, foram excluídas do ISE 2016:Coelce, Gerdau, Gerdau Metalúrgica,JSL e SABESP, esta última bastante comprometida pela incompetência na gestão do saneamento básico em São Paulo, que enfrenta sua pior crise de falta de água da história do estado.
foto:região do Vale do Rio Doce, tomado pela Lama tóxica da Samarco/Vale/BHP/Bruno Alencastro/RBS
No dia 27 de novembro de 2015, a diretoria da Vale deu entrevista coletiva aos meios de comunicação, em que não assume a responsabilidade pelo crime ambiental ocorrido em Mariana, após a ruptura da barragem de Fundão da Mineradora Samarco.
foto:Coletiva da Diretoria da Vale sobre o crime ambiental de Mariana/FB
A Samarco usou modelos de barragem mais baratos e menos seguros em Mariana.
foto:Folha de SP
Em 8 de dezembro de 2015, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale S.A. emitiu um manifesto exigindo punição dos responsáveis pelo maior crime ambiental do Brasil e denunciando um potencial acobertamento do caso pelas autoridades brasileiras:
http://rosaluxspba.org/desastre-socioambiental-de-mariana/
foto:Reprodução Internet
Em 18 de dezembro de 2015, a Justiça Federal de Minas Gerais, em decisão liminar, decidiu congelar os bens da Samarco/Vale/BHP, a fim de ressarcir os danos socio ambientais(orçados preliminarmente em mais de R$ 20 bilhões) causados pelo vazamento dos rejeitos de mineração da barragem Fundão, colapsada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana(MG), em 05 de dezembro de 2015.
Em 21 de dezembro de 2015, a prefeitura do Município de Aracruz, no Espírito Santo, a 51 quilômetros de Mariana, anunciou que detectou pluma da lama oriunda da ruptura da barragem Fundão da Samarco/Vale/BHP, em suas praias.
http://www.pma.es.gov.br/noticia/6517/
No dia 07 de janeiro de 2016, os presidentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICBio), Cláudio Maretti e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Marilene Ramos, informaram, em entrevista coletiva que estavam monitorando Mancha que teria atingido o arquipélago de Abrolhos e o Sul da Bahia e que poderia ser proveniente da descarga de lama tóxica no Rio Doce por parte do crime ambiental cometido pela Vale/Samarco/BHP, responsáveis pelo colapso da barragem de Fundão em Mariana(MG).
foto:Manchas atingem arquipélago de Abrolhos, sul da BAHIA/reprodução Internet
No dia 13 de janeiro de 2016, foi divulgada a informação de que o financiamento de forno para ampliação das atividades da mineradora Samarco/Vale/BHP por parte de linha de crédito do BNDES no valor de R$ 204 milhões em contrato de 2014 poderia ser congelado em virtude do crime ambiental acontecido em Bento Rodrigues no dia 05 de novembro de 2015.A Samarco usou modelos de barragem mais baratos e menos seguros em Mariana.
foto:Folha de SP
Em 8 de dezembro de 2015, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale S.A. emitiu um manifesto exigindo punição dos responsáveis pelo maior crime ambiental do Brasil e denunciando um potencial acobertamento do caso pelas autoridades brasileiras:
http://rosaluxspba.org/desastre-socioambiental-de-mariana/
foto:Reprodução Internet
Em 18 de dezembro de 2015, a Justiça Federal de Minas Gerais, em decisão liminar, decidiu congelar os bens da Samarco/Vale/BHP, a fim de ressarcir os danos socio ambientais(orçados preliminarmente em mais de R$ 20 bilhões) causados pelo vazamento dos rejeitos de mineração da barragem Fundão, colapsada no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana(MG), em 05 de dezembro de 2015.
Em 21 de dezembro de 2015, a prefeitura do Município de Aracruz, no Espírito Santo, a 51 quilômetros de Mariana, anunciou que detectou pluma da lama oriunda da ruptura da barragem Fundão da Samarco/Vale/BHP, em suas praias.
No dia 07 de janeiro de 2016, os presidentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade(ICBio), Cláudio Maretti e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Marilene Ramos, informaram, em entrevista coletiva que estavam monitorando Mancha que teria atingido o arquipélago de Abrolhos e o Sul da Bahia e que poderia ser proveniente da descarga de lama tóxica no Rio Doce por parte do crime ambiental cometido pela Vale/Samarco/BHP, responsáveis pelo colapso da barragem de Fundão em Mariana(MG).
foto:Manchas atingem arquipélago de Abrolhos, sul da BAHIA/reprodução Internet
No Dia 13 de janeiro de 2016, a Polícia Federal indiciou executivos e técnicos da Vale e da Samarco(incluindo seu presidente Ricardo Vescovi) por responsabilidade nos crimes ambientais cometidos no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana.
foto:Presidente da Samarco, Ricardo Vescovi/Folha/Uol
Em 21 de fevereiro de 2016, o Grupo do Bem Estar e da Felicidade, com 14 anos de atuação em São Paulo voltou a denunciar o maior crime ambiental do Brasil, durante o Sarau Zika Zero e o Piquenique Ocupa Escola.
foto:Creusa Silva
Em 23 de fevereiro de 2016, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou e pediu prisão preventiva de 07 pessoas envolvidas com o colapso da Barragem de Fundão em Mariana, em área de mineração controlada pelas Empresas Vale/BHP/Biliton/Samarco. Entre os indiciados o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, um diretor, gerentes e coordenador. Todos acusados de crime de homicídio qualificado com dolo enventual, inundação pelo dolo enventual e poluicão de água potável.
foto:Ricardo Vescovi(presidente licenciado da Samarco e presidente do IBRAM), Ministro de Minas e Energia Eduardo Braga(PMDB-AM), José Fernando Coura(diretor presidente do Instituto Brasileiro de Mineração- IBRAM) e senador Ricardo Ferraço(PMDB-ES)/crédito: Eugênio Novaes
Em 03 de março de 2016, o Ministério Público Federal divulgou contrariedade em relação ao acordo estabelecido entre a Samarco/Vale/BHP/Biliton e os governos estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo e governo federal que determina o pagamento de R$ 4,4 bilhões em 3 anos e R$ 20 bilhões em 15 anos a título de indenização pelo crime ambiental cometido através do colapso da barragem de Fundão em Mariana no dia 05 de novembro de 2015. O Acordo assinado em Brasília, com a presença da presidenta Dilma Roussef e dos presidente da Vale e da BHB/Biliton.O MPF denuncia privilégio da proteção do patrimônio das empresas envolvidas em detrimento da reparação dos danos ambientais e sociais causados.http://g1.globo.com/minas-gerais/desastre-ambiental-em-mariana/noticia/2016/03/mpf-vai-impugnar-acordo-firmado-entre-poder-publico-e-samarco.html
foto:Portal JB
No dia 05 de maio de 2016, o maior crime ambiental do Brasil, completou 6 meses de hipocrisia e descaso com as pessoas e famílias afetadas e com o meio ambiente contaminado e devastado. DAF realizou mais uma intervenção para denunciar a omissão das autoridades e da Vale/SAMARCO.
foto:Elisabeth Dantas