No dia 05 de outubro de 2020 o Prêmio Nobel de Medicina foi concedido para Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice pela descoberta do Vírus da Hepatite C em 1989. A Hepatite C é assintomática para 30% dos infectados e pode causar cirrose Hepática e Carcinoma Hepatocelular nos outros 70%. Cerca de 80 milhões de pessoas convivem com a Hepatite C que mata 400 mil pessoas todos os anos no mundo. No Brasil, cerca de 700 mil pessoas devem estar com Hepatite C Crônica. Existe diagnóstico e tratamento curativo para 95% dos casos. Uso de preservativos nas relações sexuais, não compartilhar tesouros e alicates, seringas e agulhas são maneiras de prevenir a Hepatite C.
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No
dia 20 de dezembro de 2018 a Justiça Federal concedeu liminar a Gilead
impedindo a compra do genérico do Sofosbuvir pelo Ministério da Saúde
para o tratamento imediato de cerca de 15 mil pacientes de hepatite C. A
Gilead alegou que o INPI concedeu a patente do medicamento que pode
curar cerca de 90% dos casos da doença à empresa que teria sido
prejudicada comercialmente pela decisão do Ministério da Saúde.
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No
dia 08 de novembro de 2018 a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo(FAPESP) divulgou pesquisa que sugere a utilização do
sofosbuvir, medicamento antiviral usado no tratamento da hepatite C,
para ajudar a combater infecções pelo vírus da chicungunha e da febre
amarela.Segundo a pesquisa, o medicamento sofosbuvir foi capaz de
eliminar os vírus da chicungunha e da febre amarela e preservar as
células hospedeiras infectadas, abrindo uma possibilidade terapêutica
acessível e segura para pessoas infectadas pela Chicunhunha e pela Febre
Amarela.
No
dia 16 de outubro de 2018, o Ministério da Saúde publicou portaria no
Diário Oficial da União incorporando o medicamento Sofosbuvir associado
ao Velpatasvir para o tratamento da Hepatite C no sistema Único de
Saúde(SUS) no prazo máximo de 180 dias.A Comissão Nacional de
Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) afirmou por meio de nota
que a associação do Sofosbuvir(400 mg) e do Velpatasvir(100 mg) será
utilizada conforme protocolo clínico, favorável ao paciente e à sua
comodidade(1 comprimido por dia), tratando todos os genótipos do vírus
da hepatite C, em até 12 semanas contínuas de tratamento, com eficácia e
segurança.Dados do Ministério da Saúde afirmam que 80% dos infectados
pelo vírus da hepatite C desenvolvem a forma crônica da doença, podendo
evoluir para cirrose e insuficiência hepática e câncer de Fígado.
foto:Arquivo GBE
No
dia 24 de setembro de 2018 a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB) emitiu
nota em que afirma que apoiará o licenciamento compulsório do Sofosbuvir
para que o Brasil e o Sistema Único de Saúde possam fabricar o genérico
do medicamento Sofosbuvir, que pode curar a hepatite C em 95% dos
casos, através do consórcio FioCruz-Farmanguinhos-Blanver.
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No
dia 23 de setembro a Justiça Federal da Primeira Região, sediada em
Brasília, concedeu liminar anulando a patente do sofosbuvir concedida
pelo INPI a empresa farmacêutica norte americana Gilead. A decisão foi
motivada por ação civil pública movida pela Rede Sustentabilidade,
partido da presidenciável Marina Silva e foi comemorada por entidades
como Médicos sem Fronteiras e Grupo de Trabalho em Propriedade
Intelectual(GTPI).Informados da sentenção do juiz federal Rolando
Spanholo, Gilead e INPI resolveram não se manifestar.O Fórum das ONGs
Aids do Estado de SP(FOAESP) pediu o licenciamento compulsório do
Sofosbuvir à presidência da República.
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No
dia 20 de setembro de 2018, o senador José Serra(PSDB-SP) protocolou um
requerimento para ouvir explicações do Ministro da Indústria, Marcos
Jorge, sobre a concessão da patente do Sofosbuvir pelo INPI a empresa
norte americana Gilead, o que na prática encarece e limita o acesso dos 2
milhões de brasileiros portadores da hepatite C.Os candidatos a
presidente da República Marina Silva(Rede-AC) e Guilherme
Boulos(PSOL-SP) também repudiaram a concessão da patente.
No
dia 18 de setembro de 2018 o Instituto Nacional de Propriedade
Intelectual(INPI) concedeu a patente da molécula Sofosbuvir(Sovaldi) à
empresa farmacêutica norte americana Gilead reconhecendo a inovação no
desenvolvimento da mesma. Com isso, a produção de genéricos pelo Brasil
através de Consórcio entre FioCruz-Farmanguinhos-Blanver, para aumentar o
acesso das 2 milhões de pessoas ao tratamento para hepatite, fica
impossibilitada. Além disso, o tratamento fica mais caro e inacessível
para muitas pessoas.Várias instituições repudiaram a decisão como
Médicos sem Fronteiras e o Grupo de Trabalho em Propriedade
Intelectual.O INPI afirmou que a decisão pode ser contestado por meio de
processo de nulidade da patente.A licença compulsória é alternativa
para produção de genéricos de remédio patente com anuência do
fabricante.
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O
Ministério da Saúde do Brasil anunciou em 27 de julho de 2018 um plano
para combater e tentar erradicar até 2030 a hepatite C no país, e para
isso, uma das estratégias é a de tratar todos os infectados com novos
antivirais sofosbuvir, daclatasvir e simeprevir, independentemente da
severidade da doença.Esses medicamentos só eram utilizados para
portadores do vírus HIV, para pacientes de transplantes e para doentes
com hepatite C F3 e F4, considerados mais graves.Esta mudança no
protocolo de tratamento da hepatite C pelo SUS(Sistema Único de Saúde)
aconteceu a partir da constatação de que o novo coquetel antiviral
adotado pelo SUS em 2015 apresenta resultados muito superiores aos
antigos protocolos.A Associação de Sofosbuvir, Daclatasvir e Simeprevir
conseguiram curar cerca de 90% dos pacientes que a utilizaram. Já o
protocolo anterior atingia apenas cerca de 47% de resultados
favoráveis.Em 2016 foram diagnosticados 27.358 casos novos de hepatite
C.Estima-se que a decisão do Ministério da Saúde favoreça cerca de 138
mil pessoas em 2018.A Hepatite C pode ser transmitida por sangue
contaminado(transfusões realizadas sem sorologia prévia para hepatite C,
alicate, tesoura, agulha contaminados) e por secreções
contaminadas(sexo desprotegido, leite materno contaminado).
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foto:DAF
foto:ABIA
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A
Fundação Oswaldo Cruz, através da Farmanguinhos, o laboratório oficial
do Ministério da Saúde realizou convênio com a indústria farmacêutica
brasileira Blanver(fundada em 1984 pelo engenheiro argentino Giuseppe
Frangioni e produtora de antiretroviral para o tratamento do HIV e da
Hepatite C, de remédio genérico para Osteoporose e de excipientes para a
indústria farmacêutica), para produzir Sofosbuvir genérico, uma vez
que, em tomada de preços ocorrida em julho de 2018 a Gilead, indústria
farmacêutica dos Estados Unidos, ofereceu o comprimido do Sofosbuvir a
U$ 34,32 (R$140) e a Farmanguinhos-FioCruz a U$ 8,50 (R$ 35).
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Com
a meta de tratamento de 50 mil pessoas com hepatite C em 2019, a adoção
do Sofosbuvir Genérico associado a Daclatasvir patenteada representaria
uma economia total de U$ 269.961.859 (cerca de R$ 1,1 bilhão).
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O
Departamento de Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Governo
Federal do Brasil solicitou a compra do Sofosbuvir Genérico com urgência
em agosto de 2018. A Gilead Sciences contestou a compra do Sofosbuvir
Genérico junto ao próprio Ministério da Saúde em carta datada de 28 de
agosto de 2018, em inúmeras ações judiciais e vem pressionando o
Instituto Nacional de Propriedade Intelectual(INPI) para conceder a
patente do Sofosbuvir a empresa.Dos 126 pedidos de patente ao INPI, a
Gilead perdeu 124 e aguarda o resultado de 2 solicitações.Na Carta de
Contestação da Gilead ao Ministério da Saúde a mesma oferece um outra
combinação de antiretrovirais(Sofosbuvir+Fac 4) que seria mais barata
que aquela com o Genérico do Sofosbuvir(Sofosbuvir Generíco+DaclaTasvir
do laboratório Bristol Myers Squibb) que o Ministério da Saúde havia
solicitado a aquisição.
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A
Gilead questinou a parceria entre FioCruz-Farmanguinhos e Blanver junto
ao Tribunal de Contas da União(TCU). Em Acórdão publicado em agosto de
2018, o TCU solicita que a parceria seja desfeita para a produção de
novos medicamentos mas não interferiu na fabricação do Sofosbuvir
genérico.
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A
entidade Médicos Sem Fronteiras acionou o Ministério Público Federal
por entender que existe pressão da Gilead sobre o INPI para conceder a
patente do Sofosbuvir à empresa e prejudicar a compra do Sofosbuvir
genérico pelo Ministério da Saúde, com prejuízo imenso à Saúde Pública.
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A
empresa que é reponsável pela assessoria de imprensa da Gilead no
Brasil, a Fundamento Comunicação, fez circular um documento cujo título
era:"Adoção de Medicamento Genérico para o Tratamento da Hepatite C pode
sair mais caro que o Tratamento Convencional".
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No
texto o fundador da Organização Não Governamental Grupo Otimismo de
Apoio ao Portador da Hepatite, o químico argentino Carlos Varaldo,
infectado pelo Vírus da Hepatite C e que teria superado a infecção,
afirma que a adoção do Sofosbuvir genérico pelo Ministério da Saúde
poderia gerar um aumento de custo no tratamento da Hepatite C em relação
aquele ocasionado pelo Sofosbuvir produzido pela Gilead.A Gilead é uma
das financiadoras do Grupo Otimismo. Em prestações de contas de 2014,
2015 e 2016, Carlos Varaldo admite ter recebido R$ 1,2 milhão da Gilead
Sciences, Janssen, Roche, Merck-Sharp Dohme e Bristol Myers
Squibb.Varaldo disse não haver conflito de interesses, uma vez que o
financiamento do Grupo Otimismo é transparente.
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A
Sociedade Brasileira de Infectologia está dividida. Enviou carta ao
Ministério da Saúde contestando a compra do Sofosbuvir genérico,
questionando a qualidade e a segurança do mesmo.Sérgio Cimerman,
presidente da Entidade, questiona o porque de se abandonar um tratamento
convencional que funciona para testar o genérico, alegando "que os
remédios convencionais são mais práticos e fáceis de usar."
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Já
Marcelo Simão Ferreira, responsável pelo comitê de Hepatites da
Sociedade Brasileira de infectologia, é a favor do Sofosbuvir Genérico
associado a DaclaTasvir, afirmando que a associação cobiçada pelo
Ministério da Saúde é eficaz para o tratamento da Hepatite C.
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Paulo
Roberto Abrão Ferreira, membro do comitê de Hepatites da Sociedade
Brasileira de Infectologia pediu afastamento por não concordar com a
posição da entidade em questionar a adoção do Sofosbuvir Genérico pelo
Ministério da Saúde.
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A
Gilead já faturou cerca de U$ 55 bilhões (R$ 225 bilhões) com a venda
de antivirais para o tratamento da Hepatite C desde 2014.
A
luta pela quebra das patentes dos novos antivirais para o tratamento da
Hepatite C tem âmbito mundial.Argentina, Chile, Egito, Ìndia e a China
fabricam genéricos de Sofosbuvir a fim de baratear o tratamento para
hepatite C.
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No
dia 21 de agosto de 2018 ativistas e entidades como Associação
Brasileira Interdisciplinar de AIDS(ABIA) realizaram um protesto em
frente a sede do Instituto Nacional de Propriedade Inteletual no Rio De
Janeiro para pressionar o órgão a não conceder a carta patente do
Sofosbuvir a Gilead Sciences o que manteria o custo do tratamento da
hepatite inacessível para milhares de cidadãos e cidadãs brasileiros.
A
Organização Mundial de Saúde instituiu o dia 28 de julho como o dia
mundial de luta contra as Hepatites Virais a partir da iniciativa e
proposta do Brasil na 63 Assembléia Mundial da Saúde em maio de 2010.
Desde então o departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e
Hepatites Virais do Ministério da Saúde do Brasil vem realizando ações
no sentido de combater as hepatites virais.Dados do próprio Ministério
da Saúde apontam para a existência de 2 milhões de pessoas com Hepatite C
crônica, que pode causar cirrose e insuficiência hepática.
A maioria destes infectados brasileiros pela hepatite C não sabe o seu diagnóstico.
Ao contrário das Hepatites A , B e D não existe vacina para prevenção da Hepatite C.
Existem ainda as hepatites D, E, F(ainda não diagnosticadas em humanos) e G.
O
Prédio que abrigou o Hospital Sorocabana de 156 leitos na zona oeste da
cidade de São Paulo foi leiloado no dia 14 de agosto de 2018 pelo
Tribunal Regional do Trabalho para quitar dívidas trabalhistas de
funcionário de seus antigos gestores, a Associação Beneficente de
Hospitais Sorocabana(ABHS), criada por funcionários de estrada de ferro
que deu origem a atual Companhia Paulista de Trens Metropolitanos(CPTM).
foto:arquivo GBE
O
Imóvel foi arrematado por empresa que controla hospital privado em
Cotia, por R$ 16 milhões de reais, apesar do valor venal ser de R$ 72,9
milhões junto à Secretaria Municipal da Fazenda de SP.O Leilão foi
determinado pela Juíza Juliana Halek Valeiro, da 89 Vara do Trabalho em
04 de fevereiro de 2018.Perícia avaliou o imóvel em R$ 40,9 milhões
considerando dívidas de Imposto Predial e Territorial Urbano no valor de
R$ 14 milhões e demais penhoras.A Dívida trabalhista que motivou o
leilão do Hospital Sorocabana atingiu o valor de R$ 24,9 mil e foi
reclamada em ação iniciada em 2012 , 2 anos após o fechamento do
Hospital Sorocabana e já na posse da Prefeitura de Sâo Paulo. As
Edificações do Hospital Sorocabana foram erguidas em 1955 em terreno
doado pelo Governo do Estado de São Paulo.A Prefeitura de Sâo Paulo
implantou as unidades de saúde na gestão do prefeito Gilberto
Kassab(PSD-SP) em 2012. O ex-prefeito Fernando(PT-SP) Haddad iniciou
reformas do Hospital Sorocabana e inaugurou a Rede Hora Certa no local.
O
Ex-prefeito João Dória Jr(PSDB-SP) prometeu reabrir o Hospital
Sorocabana com recursos internacionais para a saúde paulistana no
montante de R$ 1 bilhão, o que não ocorreu.Atualmente, três dos sete
andares do Hospital Sorocabana estão ocupados pela Rede Hora Certa,que
realiza exames, cirurgias e consultas especializadas e por Uma Unidade
de Assistência Médica Ambulatorial(AMA) que faz cerca de 5 mil pronto
atendimentos por mês.
Em
maio de 2018, a Prefeitura de Sâo Paulo recebeu manifestação de
interesse para transferência de gestão do prédio do Hospital Sorocabana à
iniciativa privada. Tais tratativas não avançaram em virtude da posse
do terreno ser do Estado de São Paulo e por conta das dívidas do
imóvel.Existe um Movimento Popular da Lapa que luta para reabrir o
Hospital Sorocabana na sua integralidade e que dialogavam com a Comissão
de Saúde da Câmara Municipal de Sâo Paulo regularmente.Em 2012, o
Hospital Sorocabano quase foi a leilão judicial que não ocorreu porque o
Estado de São Paulo,proprietário do terreno, não permitiu. A Prefeitura
de São Paulo, informada da decisão judicial, afirmou que tomará todas
as medidas cabíveis para evitar que os serviços de saúde oferecidos no
terreno do Hospital Sorocabana não sejam descontinuados,sem dar mais
detalhes.
No
dia 27 de agosto de 2018, a Juíza do Trabalho Daniela Mori anulou o
leilão judicial que vendeu o Hospital Sorocabana para uma empresa
hospitalar de Cotia por R$ 16,4 milhões pelo fato do Estado de São Paulo
não ter participado do mesmo na qualidade de posseiro de parte do
terreno que fica localizado no bairro da Lapa, zona oeste da cidade de
São Paulo. A decisão não exclui a possibilidade de novo leilão ocorrer.
No dia 05 de abril de 2018, várias entidades e movimentos sociais realizaram protesto na Praça da Sé, centro de São Paulo, contra o sucateamento do Sistema Único de Saúde(SUS) -criado pela Constituição Cidadã de 1988- e em defesa de Saúde Pública para todos e todas, com qualidade, acesso universal,
ações integrais de promoção, prevenção, assistência e reabilitação e
equidade, de forma descentralizada e com a participação complementar da
iniciativa privada assim como determinado pelos princípios e diretrizes
do Sistema Único de Saúde.
O
Ministério da Saúde vem sendo utilizado pelo governo federal como
moeda de barganha para conquista de base para governabilidade, sendo
ocupado por pessoas sem capacidade técnica específica ou experiência em
Saúde Pública.
foto:DAF
Assim, ano após ano, sucessivas conquistas como a expansão da Estratégia da Saúde Da Família,
responsável pelo aumento da expectativa de vida, pela diminuição da
incidência das doenças infectocontagiosas, pelo controle das doenças
crônicas degenerativas são aniquiladas, pela realização de pré natal
para o acompanhamento de todas as gestação e pela educação em saúde para
um estilo de vida adequada à uma melhor qualidade de vida vem sendo restritas e até mesmo descontinuadas para
serem substituídas por estratégias, programas e ações que não respeitam
o texto constitucional que afirma categoricamente queSaúde é Direito de Todos e Um Dever do Estado.
foto:DAF
O
aumento do número de casos confirmados e de mortes por Sífilis, Dengue,
Zika, Chicungunha, Febre Amarela, Tuberculose, Sarampo e da incidência e
prevalência da Obesidade, Da Hipertensão Arterial e da Diabetes (e de
suas complicações como Acidentes Vasculares Cerebrais e Infartos do
Miocárdio), do incremento dos casos de ansiedade, depressão e de
suicídios e das mortes violentas provocadas por homicídios e traumas no
trânsito revelam a falência anunciada do Sistema Brasileiro de Saúde
Públicaque atende cerca de 170 milhões de brasileiros em todo o seu ciclo vital, do nascimento até a morte.
foto:DAF
O
Sistema Único de Saúde necessita urgentemente de Gestão Competente nos
três níveis de governo, financiamento adequado e progressivo compatível
com o incremento populacional, participação cidadã , transparência e
controle social.
https://www.tvgazeta.com.br/videos/um-protesto-contra-os-problemas-no-sus/
A Unidade Básica de Saúde República, da Secretaria municipal de Saúde de São Paulo, que realiza cerca de 500 atendimentos por dia, está fechada desde a madrugada do dia 30 de janeiro de 2017, após queda parcial do forro, causada aparentemente por vazamentos decorrentes de fortes chuvas.
http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/2017/01/1854435-posto-de-saude-da-republica-fecha-depois-de-teto-desabar.shtml
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/ubs-amanhece-fechada-pelo-segundo-dia-seguido-apos-teto-cair.ghtml
foto:Lenny Blue
A
Secretaria Municipal de Saúde e a organização social de Saúde,
responsável pela gestão da UBS República, IABAS(Instituto de Atenção
Básica e Avançada em Saúde),
afirmam que os pacientes foram remanejados para a Várzea do Carmo(Rua
Leopoldo Miguez, 327), UBS Sé e AMA Sé(Rua Frederico Alvarenga, 159). As
equipes de atendimento à população de rua teriam se deslocado para o
CRECI(Centro de Referência e Cidadania do Idoso, Viaduto do Chá). As
visitas domiciliares teriam sido intensificadas. A
Organização Social Iabas, responsável pela administração da UBS
República, é investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e
responde por ação civil pública.
As denúncias são de superfaturamento, duplicidade de notas fiscais e
não recolhimento de encargos sociais dos trabalhadores e trabalhadoras.
http://oglobo.globo.com/rio/das-dez-oss-que-operam-no-municipio-oito-estao-sob-investigacao-18494571
foto: Natali de Souza
No Local faltam esclarecimentos da Prefeitura de São Paulo sobre o ocorrido.
Há um pequeno informe sobre os novos locais de atendimento. O Conselho
Gestor da Unidade Básica de Saúde República, órgão responsável pela
implantação da participação comunitária na gestão da unidade de Saúde,
afirma que a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo alegou aguardar
perícia do local para verificar viabilidade de reforma.
foto:portal g1
O Conselho Gestor da UBS República solicitou melhor comunicação visual sobre o fechamento da Unidade de Saúde e sobre e os novos locais de atendimento à população e agilidade nas providências para o pronto restabelecimento dos trabalhos na UBS República ou no limite da impossibilidade disso acontecer, a implantação de novas unidades de Saúde na mesma região territorial,
que historicamente demanda pela abertura de pelo menos mais duas
unidades de saúde, além da UBS República, para atendimento das
necessidades da população local.
No dia mundial da saúde, 07 de abril de 2017, o Grupo do Bem Estar e da Felicidade e o Movimento Parque Augusta sem Prédios marcaram presença no Ato Unificado em Defesa da Saúde Pública e doSUS(Sistema Único de Saúde), ameaçados pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 55pelo
Senado Federal no ínicio de 2017, que institui o limite de
investimentos públicos em áreas sociais como saúde, educação, cultura e
provoca o sucateamento da maior política pública de Saúde do mundo. A preservação do Meio Ambiente é fundamental para a promoção da Saúde Pública,
para a garantia da qualidade do ar, da água, do solo e do equílibrio
entre plantas, animais e seres humanos.O Parque Augusta sem Prédios é a
última área verde do centro da cidade de São Paulo, área menos
arborizada e mais verticalizada e concretada da cidade, e está ameaçada
pela especulação imobiliária, apesar da sanção da lei 15.941, pelo ex prefeitoFernando Haddad(PT-SP) no Natal de 2013. O PrefeitoJoão Dória(PSDB-SP),
eleito para governar a cidade de SP entre 2017 e 2020, quer revogar a
lei 15.941,que estabelece a criação do Parque Municipal Augusta sem
Prédios, apesar de ter nomeado como secretário do Verde e do Meio
Ambiente, o vereador reeleito, Gilberto Natalini(PV-SP),
um dos co autores da Lei 15.941.Na cidade de São Paulo, menos da metade
da população é coberta pela estratégia da saúde da família, faltam
médicxs e outros profissionais da saúde como educadores físicos,
nutricionistas, psicológxs, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
enfermeirxs, dentistas, assistentes sociais e a população reclama da
precariedade da asssistência farmacêutica. Além disso o atendimento
costuma ser frio e desumano, com prioridade para o pronto atendimento em
que não se sustenta o vínculo dos profissionais com o território e as
comunidades.Um exemplo desse descaso é o fechamento da UBS República no
dia 31 de janeiro por conta de vazamento hidráulico que permanece
fechada sem previsão de reabertura há 66 dias.
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