O Grupo do Bem Estar e da Felicidade, há 15 anos na tentativa da síntese entre a Ciência(com foco na Educação e Saúde), a Arte, a Espiritualidade(Não Doutrinária, ecumênica e inserida na Cultura de Paz) e a Cidadania Ampliada, defende o Jornalismo Investigativo, Imparcial e Independente, fenômeno raro no Brasil. Por isso , divulga, na íntegra, o texto Denúncia de Facebook da jornalista Eliane Brum, publicado em El País.Ambos, profissional e veículo, tem realizado sério e competente trabalho para bem informar os cidadãos e cidadãs brasileiros.
foto:Reprodução Internet
Denúncia de Facebook
Ao apresentar a denúncia contra Luiz Inácio Lula da Silva, o procurador da República Deltan Dallagnol apanhou de (quase) todos os lados, algo bastante raro nestes tempos. Tão raro que merece algum espanto e um tanto de precaução. Em diferentes partes do seu discurso durante a coletiva de imprensa de 14 de setembro, ele chamou Lula de “comandante máximo” do que definiu como “propinocracia”, de “o grande general” do esquema de corrupção e de “maestro da orquestra criminosa”. Disparou metáforas e abusou dos adjetivos. Mas quando efetivamente fez a denúncia, a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, acusou Lula pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro. O que não é pouco, mas é bem diferente de ser o chefe de uma organização criminosa. O episódio é pródigo de sentidos sobre o Brasil atual. Um deles é a corrosão da linguagem. O outro é a demanda por crença. Estas duas dimensões se articulam na gênese do atual momento do país.
O representante do Ministério Público Federal acusou sem exibir provas, apresentou como verdade o que não era capaz de provar como verdade. Ao descolar-se da realidade, esvaziou as palavras, o que deveria ser denúncia virou grito. Como no cotidiano das redes sociais, repete-se e repete-se algo para que, pela viralização, ganhe status de verdade.O procurador Deltan Dallagnol não parecia estar num tribunal de júri, como chegou a ser sugerido em algumas críticas sobre sua atuação, mas em outra arena, a das redes sociais. Ele não parecia preocupado em informar cidadãos, mas em buscar seguidores. Como um candidato a herói nesta época, seu troféu são cliques no botão de “curtir”.
De imediato, veio a reação. O gráfico do powerpoint em que Dallagnol tentava mostrar como tudo convergia para Lula virou meme. E o que viralizou foi uma frase atribuída ao procurador: “Não temos provas, mas temos convicção”.
Esta é a parte mais interessante dessa produção de conteúdo viral. A frase não foi dita. Ela era também uma criação. Ainda que seja possível interpretar o conjunto da apresentação do procurador desta maneira, há enorme diferença entre uma afirmação literal, entre aspas, e a interpretação ou conclusão a que um outro possa chegar a partir do que foi dito. Se essa distinção não é estabelecida, perde-se o sujeito e perde-se o discurso.
Não estou aqui dizendo que realidade, verdade e fato são a mesma coisa. O que estou sugerindo como hipótese é que a convocação – ou invocação – é a mesma tanto na ação – a denúncia verbal dos procuradores diante das câmeras de TV – quanto na reação a ela nas redes. Não se pede pensamento, mas adesão pela fé. A verdade torna-se uma questão de crença – e a realidade se afirma pela quantidade de crentes que a ela aderem. A experiência cognitiva é substituída pelo botão de “curtir”. Em vez da reflexão, o espasmo.Naquele momento, a disputa se dava numa guerra de verdades fabricadas. Nas redes, a viralização ou a multiplicação dos compartilhamentos é a melhor estratégia para conferir veracidade a algo ou mesmo transformar versão em fato. Ou ainda, é uma forma de criar realidade.
De um lado e de outro, o que aparece como mais importante é a convicção, não as provas. E uma convicção formada a partir da quantidade de cliques. Esse desejo feroz de crença tem corroído o país de forma insidiosa. E só persiste porque os fatos, para um e outro lado, são inconvenientes. O problema é que mesmo a história recente já mostrou que tentar contornar os fatos, por mais duros que sejam, resulta em fatos ainda piores.
No caso específico da denúncia de Lula, tanto a ação quanto a reação buscavam adesão pela crença. Os fatos importavam pouco. É necessário, porém, fazer uma distinção de responsabilidades. Deltan Dallagnol falava como procurador da República. Servidor público no exercício de suas funções constitucionais. Quando ele acusa sem apresentar provas, a gravidade é de outra ordem. Pela posição que ocupa, sua palavra tem mais potencial para ser decodificada como verdade. Ao falar como procurador, ele não representa a si mesmo, mas a instituição.
Essa dinâmica assumida pela figura que representa a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba chama atenção para a “justiça” que ganha rosto, e que ganha rosto na era da internet. Numa analogia com as redes, ao fazer acusações gravíssimas sem lastro nas provas, Dallagnol faz um “discurso de ódio”. Neste sentido, o procurador não é muito diferente de um dos “haters” (odiadores) da internet, ao chamar Lula de “maestro da orquestra criminosa” sem mostrar o que sustenta essa acusação.
Na tela, há um jovem sem camisa que dança freneticamente numa montanha. Em seguida, outra pessoa junta-se a ele, tornando-se o “primeiro seguidor”. Logo, todos o imitam. Um líder, segundo Sivers, precisa ter a coragem de arriscar-se a ser ridicularizado. Quando ele recebe adesão em número razoável, a situação se inverte e quem passa a se sentir ridículo é aquele que não adere. O mais importante: “É o seguidor que transforma o solitário em um líder”. Como autor de um vídeo com quase 6 milhões de visualizações, Sivers certamente sabe o que diz.Torna-se preciso então olhar para o indivíduo Deltan Dallagnol, este que personifica o que não deveria ser personificado. Num ótimo texto publicado no jornal Valor, a jornalista Maria Cristina Fernandes conta sobre pessoalidades que ajudam a iluminar algumas escolhas do procurador. Uma delas é a sua admiração por um vídeo da plataforma TED em que o músico Derek Sivers ensina, em três minutos, “como iniciar um movimento”.
Deltan Dallagnol incorporou este vídeo em suas palestras sobre as 10 medidas anticorrupção. Exibiu-o em fevereiro deste ano ao falar no evento “The Global Leadership Summit”, na Primeira Igreja Batista de Curitiba. O procurador disse então à plateia: “Tenha a coragem para saber ser liderado. Para se levantar e, quando você vê uma causa boa, se juntar ao maluco solitário que está dançando”.
E, alguns minutos mais tarde: “Lute pelas causas que você ama como você lutaria por um filho com câncer. Eu duvido que você desistisse de um filho doente com câncer por mais que inúmeros médicos buscassem tirar suas esperanças. Você continuaria lutando, você dobraria os joelhos, você buscaria o impossível, porque você ama aquele filho. Assim como você lutaria por esse filho, meu desafio hoje para você é que você lute pelo teu país”.
Em sua pregação anticorrupção, Dallagnol invoca do púlpito a oportunidade de mudar o país. E faz a comparação: “Talvez você tenha ido pro Paraguai ou pra Miami e tenha lá pensado o seguinte: eu não gastaria isso que estou gastando, mas aqui é tudo mais barato e vou aproveitar porque é uma oportunidade”. Pede então à plateia para “curtirem” sua página pública, “em nome de Deltan Dallagnol”, no Facebook: “Eu não sabia, porque eu era ignorante em Facebook. Mas, quando você curte uma página você passa a ser alimentado pelo que é postado lá”. E encerra com uma pergunta: “Nós podemos contar com você?”. Pede então que aqueles que apoiam “as 10 medidas” levantem as mãos. Registra a imagem em seu celular. “Um dois três... sensacional”.
É neste ponto que vale observar os últimos dias com atenção redobrada. A cobertura da denúncia foi um daqueles momentos em que uma parcela da imprensa fez o seu papel, ao lançar luz sobre pelo menos dois pontos importantes do espetáculo estrelado por Deltan Dallagnol: 1) a diferença entre a acusação verbal, a de chefe de uma organização criminosa, e a denúncia formal, a de corrupção e lavagem de dinheiro; 2) a escassez de provas para sustentar a denúncia. Uma parte da imprensa também fez seu papel ao mostrar que a frase atribuída ao procurador – “Não temos provas, mas temos convicção” – não foi dita por ele.Deltan Dallagnol é um homem que se investe de uma missão e se apresenta no Twitter como “seguidor de Jesus”. As aparições públicas do procurador demonstram que ele pede adesão pela fé no líder – ou no “maluco solitário” que, pela adesão , torna-se líder. Como se viu na apresentação da denúncia contra Lula, em 14 de setembro, ele também parece seguir à risca o ensinamento do guru Derek Sivers de não temer o ridículo.
Mas será que era a esta parcela da população, a que se informa por determinados jornais, que Dallagnol se dirigia ao fazer sua frenética dança na montanha? A apresentação da força-tarefa da Lava Jato foi transmitida por algumas TVs. O vídeo está no YouTube. Quantos milhões não viram apenas isso? O que vira “verdade” nas redes? O que permanece como “fato”? Qual é a “realidade” que efetivamente se impõe?
É razoável supor que Deltan Dallagnol sabia o que fazia ao optar por uma acusação midiática diferente da denúncia formal. Quantos assistiram e assistirão a trechos em vídeo da fala espetaculosa e quantos lerão as 149 páginas da denúncia formal ou as críticas mais densas a ela? É na convicção de seus seguidores – e não nas provas – que Dallagnol parece apostar.
O espetáculo comandado pelo maestro Deltan Dallagnol levanta questões importantes. Qual é o impacto dessa atuação – acusar sem apresentar as provas – num país no qual ainda há tanta dificuldade de acesso à Justiça para vastas parcelas da população? Qual é o impacto deste exemplo, por parte de um servidor público com tanta expressão, no imaginário de uma sociedade que produz tantos linchamentos?É bastante difundida a hipótese de que a fragilidade da denúncia deva ser comemorada pela defesa de Lula. No julgamento, sim. Mas e no justiçamento? Onde se ganha a fé das pessoas, a fé que vira voto, já que é também crença – e não razão – que hoje se pede aos eleitores? O impeachment de Dilma Rousseff, claramente sem base legal, mostra bem o que é determinante no resultado da disputa.
Essas questões são tudo menos banais. Se a Lava Jato tem que ser reconhecida pelos seus acertos, que são vários, é imperativo que ela responda pelos seus abusos, que também são vários, porque eles têm impacto e muito numa sociedade em que os discursos de ódio têm proliferado. Quando procuradores e juízes fazem justiçamentos em vez de justiça, o Estado de direito está ameaçado.
Há vários tipos de estupidez que costumam acometer figuras lançadas de repente ao centro do palco. Uma delas é a de acreditar na própria lenda. Ou na potência do seu protagonismo. A vaidade costuma fazer muitas vítimas. E há ainda aquela ilusão tão sedutora de se achar mais esperto do que todos os outros no jogo que pretende intervir. Já que a fé tem sido tão invocada por Deltan Dallagnol, talvez o procurador “seguidor de Jesus” seja jovem demais para lembrar que o diabo sabe mais por ser velho do que por ser diabo. E, assim, olhar mais atentamente para todos os lados antes de se arriscar a pirotecnias. A começar para o lado de quem o elogia e o estimula ao espetáculo.
É fundamental para o país que a Operação Lava Jato continue. A prudência sugere desconfiar de unanimidades onde não costuma haver. Desqualificar a Lava Jato, neste momento, serve para muitos. Lula porque de fato virou réu e vai precisar se defender formalmente na Justiça. Com o agravante de que sua mulher, Marisa Letícia, também virou ré, o que é um golpe bastante duro. Mesmo que Lula não seja condenado na Justiça, porém, ele já foi condenado por parte da opinião pública. Deste ponto de vista, ainda que os acontecimentos dos últimos dias tenham mostrado que outras figuras estratégicas do PT poderão ser alcançadas pelas investigações, são seus oponentes que possivelmente tenham mais a perder neste momento.
Quando até mesmo uma figura com a folha corrida do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), critica a Lava Jato dizendo que é “preciso acabar com o exibicionismo”, é necessário ouvir a sirene. Este é o momento escolhido por diferentes personagens para enfraquecer a Lava Jato, com o objetivo de impedir que a operação prossiga em direção a outras lideranças e outros partidos e outros governos, no passado e no presente, para muito além do PT.Há muitos com medo de que a Lava Jato siga investigando e os transforme em réus. Assim, vale tudo, até se indignar contra os abusos da operação, indignação que não ocorreu em episódios claramente abusivos como o da “condução coercitiva” de Lula ou o do vazamento dos diálogos de Lula com a então presidente Dilma Rousseff.
Há ainda a hipótese de que a Lava Jato tivesse desde sempre orientada para uma investigação seletiva. E não interesse nem a seus agentes que ela prossiga para além do “grande general”. O espetáculo constrangedor da denúncia de Lula reforçou essa tese. Cabe aos policiais federais, procuradores e juízes mostrar que não têm partido nem ideologia na hora de investigar. Neste sentido, os próximos capítulos são decisivos para que a Lava Jato mostre a que veio.
O xadrez em torno da Lava Jato é intrincado. É preciso entender se, neste jogo, Deltan Dallagnol é bispo ou apenas um peão que acredita ser bispo. O que se pode afirmar é que, para a maioria dos brasileiros, é crucial que a Lava Jato continue avançando e de fato passe a limpo a relação entre poder público e empreiteiras, para muito além dos governos de Lula e de Dilma Rousseff. Essa relação é mais antiga do que a construção literal de Brasília. E define muito do país. Para isso, é preciso que policiais, procuradores e juízes sejam policiais, procuradores e juízes – e não justiceiros nem heróis de Facebook.
Assim, antes de “curtir”, é importante resgatar a experiência do pensamento, esta que nos diferenciou dos outros grandes primatas. Espantar-se, duvidar, questionar, checar e, principalmente, diferenciar o que é fato do que é versão antes de sair clicando e gritando. E tudo isso sem medo de enfrentar as contradições, resistindo mesmo que doa à tentação de contornar as verdades mais duras. Há muitos líderes ou aspirantes a líder dançando freneticamente na montanha para atrair seguidores.
Não siga. Pense.
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficção Coluna Prestes - o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da Rua, A Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos, e do romance Uma Duas. Site: desacontecimentos.com Email:elianebrum.coluna@gmail.com Twitter: @brumelianebrum
foto:Parque Augusta, 25 mil metros quadrados de verde ameçados pela especulação imobiliária, apesar da Lei 15.941, sancionada em dezembro de 2013/Olhe Os Muros
Pertinente e oportuno realizar a oportunidade de resgatar o texto do linguista estadunidense Noam Chomsky :
“10 estratégias de manipulação” através da mídia.
1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO: O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’).
2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES: Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO: Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO: Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE: A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.
6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO: Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos(ver: Subliminar ou Simbolismo?)…
7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE: Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores.
8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE: Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE: Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM:
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.