No dia 1 de maio de 2024, houve o triste aniversário da morte do piloto de automobilismo e tricampeão da Formula 1, categoria nobre do esporte, Ayrton Senna da Silva.
Ás 13:40 hs do dia primeiro de maio de 1994, no Hospital de Bolonha na Itália, foi constatado o óbito do atleta brasileiro, símbolo de dedicação e excelência, tamanha sua obsessão em vitórias e superação. Ayrton Senna, após assistir, com todo o circo da Fórmula 1, o grave acidente que sofrera o compatriota Rubens Barrichello no autódromo de Imola no dia 29 de abril e o outro, que ceifou a vida do austríaco Roland Ratzenberger, parecia preocupado, como se pressentisse a tragédia. Senna havia pedido que sua equipe, a escuderia Williams, fizesse uma modificação da barra de direção de seu bólido, a fim de aumentar a velocidade. No Entanto, essa modificação deixou o automóvel muito instável, e Senna teve muitas dificuldades para manter a estabilidade do veículo, nas curvas rápidas de Imola, como a assassina Tamburello, que interrompeu sua vitoriosa carreira( 3 títulos mundiais, 1988, 1990 e 1991, conquistados com a escuderia McLaren, em disputas inesquecíveis com seus rivais Alain Prost, Nigel Mangell, e mais tardiamente Michael Shumacher).
Ao contrário do que muitos fás imaginam, o que matou Senna, não teria sido a barra de direção, fraturada pelo forte impacto e que realmente perfurou o crânio frontal de Ayrton.
Segundo um dos medicos que fazia assistência aos pilotos no autódromo de Monza, no fatídico dia 1 de maio, Alessandro Misley, e que foi um dos primeiros a socorrer o piloto brasileiro, Senna morreu em virtude da forte desaceleração(seu carro viajava a velocidade superior a 300 quilômetros por hora e parou em 1 segundo, provocando gravissima fratura da base do crânio, estojo de osso que sustenta o cérebro. Assim, houve lesões cerebrais e vasculares severas, que selaram o destino de Senna, ainda na pista.
Sua morte aconteceu portanto na curva Tamburello, e não no Hospital Maggiore, em Bolonha. Ocorre que se o óbito de Senna fosse determinado na pista, o GP de San Marino deveria ser cancelado e isto provocaria enorme prejuízo financeiro aos Patrocinadores e todo o ecossistema da Fórmula 1. Assim, o cadáver de Senna teria sido transportado de helicóptero ao Hospital para determinação precisa da causa da morte.
A Justiça da Itália processou, em 1997, vários integrantes da equipe Williams por homicídio culposo, sem intenção de matar, todos foram absolvidos. A Promotoria de Justiça da Itália recorreu e em maio de 2005, o então diretor técnico da Williams à época do acidente fatal de Senna, Patrick Head, hoje com 77 anos, foi condenado por homicídio culposo, mas não foi punido, por conta da prescrição do crime. A Legislação Italiana prevê prescrição de crimes desta natureza, 7 anos e 6 meses após o ilicito, e em 2005, já havia passado 13 anos, já que a Williams recorreu da decisão ainda em 2005 mas os magistrados italianos mantiveram a condenação de Patrick Head, transitado em julgado, em 2007. A ausência de dispositivos de segurança para a cabeça e o pescoço dos pilotos de F1, como o sistema HANS(Head and Neck Support) desenvolvido durante a década de 90 do século 20 e obrigatório atualmente foi determinante para a tragédia envolvendo Ayrton Senna, que hoje, sobreviveria, muito provavelmente, ao mesmo acidente, nas mesmas circunstâncias.
O Corpo de Ayrton foi trazido em caixão lacrado de Paris para São Paulo em vôo de rotina, na classe executiva com cortinas fechadas, sem o cohecimento dos demais passageiros, para evitar tumultos.
O Féretro em carro do Corpo de Bombeiros do Aeroporto até o velório aberto à população na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, vizinha ao Parque do Ibirapuera, cartão postal e ponto turístico da maior cidade da América Latina, aglutinou milhares e milhares de pessoas de todas as classes sociais que se despediram pela última vez daquele obstinado e franzino piloto, nascido e criado entre o Jardim São Paulo, bairro da classe média alta na região de Santana, zona norte e a a fazenda da família na cidade de Tatuí, no interior do estado de SP, que aos domingos, entre 1984, quando despontou pilotando um modesto Toleman, passando por Lotus, Mc Laren, Williams até 1994 quando morreu, aos 34 anos, entrando para sempre no imaginário de qualquer brasileiro acima dos 40 anos como símbolo de Amor ao Brasil(seu gesto de empunhar uma bandeira do Brasil após vencer comovia a população ao sabor do Tema da Vitória, criado pelo maestro Eduardo Souto Neto, a pedido do então diretor artístico da TV Globo, Aloysio Legey) e de Coragem, Disciplina, Superação e Perseverança.
Seu legado segue pelas atividades do Instituto Ayrton Senna dirigido por sua irmã Viviane Senna com foco no aprimoramento da Educação Brasileira e na assistência das crianças e jovens vulneráveis socialmente.\ As homenagens não param de acontecer. Como os grafites do artista Kobra, o documentário da Netflix Senna e o da Globo Play Senna por Ayrton. A Polêmica é que a então namorada de Ayrton Senna na época de seu desaparecimento prematuro e violento, era uma modelo desconhecida, chamada Adriane Galisteu, que escreveu um livro O Caminho das Borboletas, em que descreve sua relação com o maior ídolo brasileiro depois de Pelé e que viria a se tornar apresentadora de TV e atriz, foi barrada pela família de Senna, que a via como interesseira, apesar de Senna amá-la profundamente, nas solenidades de velório e sepultamento. Quem teve acolhimento foi a também apresentadora de TV e igualmente famosa Xuxa Meneghel, que namorou Ayrton, entre 1988 e 1990.
Ayrton namorou Adriane Galisteu por 1 ano antes de morrer.
Outro fato que explica a mística de Ayrton Senna é o alinhamento da carreira do piloto com fatos marcantes da história política, econômica e social do Brasil, Sua trajetória meteórica se confunde com a redemocratização do Brasil, as Diretas Já, a morte de Tancredo Neves em 1985, o Plano Cruzado em 1986 ,a |promulgação da Constituição Cidadã de 1988, a primeira Eleição pra Presidente em 1989 após o fim da Ditadura Militar, o impeachmente deCollor em 1992, o Plano Real que derrotou o fantasma e o dragão da inflação em 1994.
Por todos estes ingredientes, além de acelerar um carro lento, de uma escuderia desconhecida, durante um temporal, como se ignorasse a física, e provando sua Paixão pelo seu Propósito e pela sua MISSÃO, Senna é ETERNO.
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