O vazamento de dados financeiros de paraísos fiscais como Panamá, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Cayman entre outros, em que estão sediadas off shores, verdadeiras empresas de fachada, usadas para burlar a tributação em países de origem (por terem cargas tributárias menores de 20% bem abaixo do que as cobradas pelas nações estado e seu aparato bancário-financeiro), e para lavar dinheiro e ocultar origem ilícita dos recursos provenientes por exemplo, de máfias, milícias, tráfico de drogas e corrupção revelou o que já se sabia pelos escândalos anteriores(Panama Papers, Paradise Papers, LuxLeaks etc...).
Segundo do Consórcio Internacional de Jornalistas
Investigativos dezenas de chefes de estado e centenas de funcionários públicos
do primeiro escalão são detentores destas offshores em paraísos fiscais, o que
não é crime, se declaradas ao Fisco Local, mas representam potenciais conflitos
de interesse.
Parece ser o caso do Ministro da Economia do Brasil,
Paulo Guedes, dono de fortuna de milhões de dólares nas Ilhas Virgens
Britânicas, declaradas à Receita Federal, mas que representam claro conflito de
interesse ao cargo que ocupa, reponsável pela política fiscal, monetária e
cambial do país.
O Consórcio de Jornalistas Investigativos(ICJ), organização que reúne 96 veículos de comunicação de 67 países começou a divulgar informações referentes ao vazamento de 13,5 milhões de documentos financeiros provenientes do escritório de advocacia especializado em planejamento fiscal e tributário Appleby, sediado no arquipélago de Bermudas. O Material foi obtido pelo jornal alemão Süddeustch Zeitung.No Brasil, o consórcio conta com a participação do jornalista Fernando Rodrigues do site Poder 360.
Jorge Paulo Lehman(homem mais rico do Brasil), Marcel Telles e Carlos Sicupira, sócios da InBev, todos ligados a 20 offshores em Bermudas, Bahamas e Ilhas Cayman. Todos admitem ter transferido domicílio fiscal ao exterior após expansão de seus negócios mas garantem não haver irregularidades.
foto:Reprodução Internet
O Piloto e campeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton teria usado offshore em Bermudas para evitar o pagamento de impostos sobre a aquisição de jato de luxo, evitando o dispêndio de cerca de US $ 5,2 milhões.
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As Empresas Nike e Apple também estão na lista de beneficiários de contas em paraísos fiscais.
O Mega Financiador do Partido Democrata Norte Americano, fundador da Simons Foundation, diretor da Empresa Renassaince Technologies, Jim Simons, aparece em relatório de consultoria com fortuna aproximada de U$ 15 bilhões em offshore nas Bermudas.
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O filho do ex-presidente argentino Fernando de La Rua, Antônio de La Rua, ex-noivo da cantora Shakira movimentou mais de U$ 31 milhões em offshore da cantora colombiana na Ilha de Malta.
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O Boliviano naturalizado brasileiro German Efromovich, maior acionista da companhia aérea Avianca e de estaleiros como Eisa, dentro do guarda chuva do conglomerado Synergy Group aparece como beneficiário de offshores nas Bermudas, Bahamas e Panamá. Contatada pelo Consórcio ICJ, Avianca e seus responsáveis não se manifestaram.
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Foram Encontrados documentos (entre os milhares vazados pelo escândalo Paradise Papers) relacionando os grupos de comunicação brasileiros Globo, RBS e Abril a empresas Offshore. Todas rechaçaram quaisquer irregularidades.
O irmão do ministro do STF Ricardo Lewandowiski, o bacharel em Economia Luciano Lewandowiski, possui segundo o ICJ ao menos uma offshore entre os documentos vazados pelo escândalo Paradise Papers. Não consta nenhuma relação dos negócios de Luciano com seu irmão magistrado. Procurado pelo Consórcio ICJ para esclarecimentos, Luciano não se manifestou.