#PEC05 #PEC05Não #MinistérioPúblico #Constituição #Direito #Justiça #PromotoresDeJustiça #Jornalismo #Congresso #Câmara #Senado Em 20 de outubro de 2021, o plenário da Câmara deixou de aprovar a PEC 05/2021 que pretendia ampliar e mudar a composição do Conselho Nacional do Ministério Público o que poderia aumentar a interferência política sobre a atuação de promotores e procuradores, enfraquecendo , por exemplo o combate à corrupção e ao crime organizado.Foi uma derrota de Arthur Lira(PP-AL), presidente da Câmara, do PT, do Centrão e Satélites, e de figuras como Aécio Neves(PSDB), castigados pela Operação Lava Jato. Veja como votaram os deputados:

 Em 20 de outubro de 2021, o plenário da Câmara deixou de aprovar a PEC 05/2021 que pretendia ampliar e mudar a composição do Conselho Nacional do Ministério Público o que poderia aumentar a interferência política sobre a atuação de promotores e procuradores, enfraquecendo , por exemplo o combate à corrupção e ao crime organizado.Foi uma derrota de Arthur Lira(PP-AL), presidente da Câmara, do PT, do Centrão e Satélites, e de figuras como Aécio Neves(PSDB), castigados pela Operação Lava Jato.





fotos:Reprodução Internet


Veja como votaram os deputados:

 AJ Albuquerque (PP-CE) - Sim
Abílio Santana (PL-BA)  Sim
Acácio Favacho (PROS-AP) Sim
Adolfo Viana (PSDB-BA) -Sim
Adriana Ventura (Novo-SP) - Não
Adriano do Baldy (PP-GO) - Sim
Aécio Neves (PSDB-MG) - Sim
Afonso Florence (PT-BA) - Sim
Afonso Hamm (PP-RS) - Não
Afonso Motta (PDT-RS) - Não
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) - Sim
Airton Faleiro (PT-PA) - Sim
Alan Rick (DEM-AC) - Não
Alceu Moreira (MDB-RS) - Sim
Alcides Rodrigues (Patriota-GO) - Sim
Alê Silva (PSL-MG) - Sim
Alencar S. Braga (PT-SP) - Sim
Alessandro Molon (PSB-RJ) - Não
Alex Manente (Cidadania-SP) - Sim
Alex Santana (PDT-BA) -Sim
Alexandre Frota (PSDB-SP) - Não
Alexandre Leite (DEM-SP) - Sim
Alexandre Padilha (PT-SP) - Sim
Alexis Fonteyne (Novo-SP) - Não
Alice Portugal (PCdoB-BA) - Sim
Aliel Machado (PSB-PR) - Sim
Aline Sleutjes (PSL-PR) - Sim
Altineu Côrtes (PL-RJ) - Sim
Aluisio Mendes (PSC-MA) - Sim
Amaro Neto (Republican-ES) - Não
André Abdon (PP-AP) - Sim
André Ferreira (PSC-PE) - Sim
André Figueiredo (PDT-CE) - Não
André Fufuca (PP-MA) - Sim
André Janones (Avante-MG) - Não
André de Paula (PSD-PE) - Sim
Angela Amin (PP-SC) - Sim
Antonio Brito (PSD-BA) - Não
Arlindo Chinaglia (PT-SP) - Sim
Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) - Sim
Aroldo Martins (Republican-PR) - Sim
Arthur Lira (PP-AL) - Sim
Arthur O. Maia (DEM-BA) - Sim
Átila Lins (PP-AM) - Sim
Átila Lira (PP-PI) - Sim
Augusto Coutinho (Solidaried-PE) -Sim
Áurea Carolina (PSOL-MG) - Não
Aureo Ribeiro (Solidaried-RJ) -Não
Bacelar (Podemos-BA) - Sim
Benedita da Silva (PT-RJ) - Sim
Benes Leocádio (Republican-RN) - Não
Beto Faro (PT-PA) - Sim
Beto Pereira (PSDB-MS) - Não
Beto Rosado (PP-RN) - Sim
Bia Cavassa (PSDB-MS) - Sim
Bia Kicis (PSL-DF) - Sim
Bibo Nunes (PSL-RS) - Sim
Bilac Pinto (DEM-MG) - Não
Bira do Pindaré (PSB-MA) - Não
Bohn Gass (PT-RS) - Sim
Bosco Costa (PL-SE) - Abstenção
Bosco Saraiva (Solidaried-AM) - Não
Bozzella (PSL-SP) - Não
Bruna Furlan (PSDB-SP) - Sim
Cacá Leão (PP-BA) - Sim
Camilo Capiberibe (PSB-AP) - Não
Cap. Alberto Neto (Republican-AM) - Não
Cap. Fábio Abreu (PL-PI) - Sim
Capitão Augusto (PL-SP) - Não
Capitão Wagner (PROS-CE) - Não
Carla Dickson (PROS-RN) - Não
Carla Zambelli (PSL-SP) - Sim
Carlos Bezerra (MDB-MT) - Sim
Carlos Chiodini (MDB-SC) - Sim
Carlos Gaguim (DEM-TO) - Sim
Carlos Gomes (Republican-RS) - Sim
Carlos Jordy (PSL-RJ) - Sim
Carlos Sampaio (PSDB-SP) - Não
Carlos Veras (PT-PE) - Sim
Carlos Zarattini (PT-SP) -Sim
Carmen Zanotto (Cidadania-SC) - Não
Caroline de Toni (PSL-SC) - Não
Cássio Andrade (PSB-PA) - Não
Celina Leão (PP-DF) - Sim
Célio Moura (PT-TO) - Sim
Célio Silveira (PSDB-GO) - Não
Célio Studart (PV-CE) - Não
Celso Maldaner (MDB-SC) - Não
Celso Russomanno (Republican-SP) - Sim
Celso Sabino (PSL-PA) - Sim
Cezinha Madureira (PSD-SP) - Sim
Charles Fernandes (PSD-BA) - Sim
Charlles Evangelista (PSL-MG) -Não
Chico D´Angelo (PDT-RJ) - Sim
Chiquinho Brazão (Avante-RJ) - Sim
Chris Tonietto (PSL-RJ) - Não
Christiane Yared (PL-PR) - Não
Christino Aureo (PP-RJ) - Sim
Clarissa Garotinho (PROS-RJ) - Sim
Claudio Cajado (PP-BA) - Sim
Cleber Verde (Republican-MA) - Sim
Coronel Armando (PSL-SC) - Sim
Coronel Tadeu (PSL-SP) - Sim
CoronelChrisóstom (PSL-RO) - Sim
Covatti Filho (PP-RS) - Sim
Cristiano Vale (PL-PA) - Sim
Da Vitória (Cidadania-ES) - Não
Dagoberto Nogueira (PDT-MS) - Não
Daniel Almeida (PCdoB-BA) - Sim
Daniel Coelho (Cidadania-PE) - Não
Daniel Freitas (PSL-SC) - Não
Daniel Trzeciak (PSDB-RS) - Não
Daniela Waguinho (MDB-RJ) - Sim
Danilo Cabral (PSB-PE) - Sim
Danilo Forte (PSDB-CE) - Sim
Darci de Matos (PSD-SC) - Sim
David Miranda (PSOL-RJ) - Não
David Soares (DEM-SP) - Sim
DelAntônioFurtado (PSL-RJ) - Sim
Delegado Marcelo (PSL-MG) - Não
Delegado Pablo (PSL-AM) - Não
Delegado Waldir (PSL-GO) - Não
Denis Bezerra (PSB-CE) - Não
Diego Andrade (PSD-MG) - Sim
Diego Garcia (Podemos-PR) - Não
Dimas Fabiano (PP-MG) - Sim
Domingos Neto (PSD-CE) - Sim
Domingos Sávio (PSDB-MG) - Sim
Dr Zacharias Calil (DEM-GO) - Não
Dr. Frederico (Patriota-MG) - Não
Dr. Jaziel (PL-CE) - Não
Dr. Luiz Ovando (PSL-MS) - Sim
Dr.Luiz Antonio Jr (PP-RJ) - Sim
Dra. Vanda Milani (Solidaried-AC) - Não
Dra.Soraya Manato (PSL-ES) - Não
Dulce Miranda (MDB-TO) - Sim
Edilazio Junior (PSD-MA) - Sim
Edio Lopes (PL-RR) - Sim
Edna Henrique (PSDB-PB) - Não
Eduardo Barbosa (PSDB-MG) - Não
Eduardo Bismarck (PDT-CE) - Não
Eduardo Costa (PTB-PA) - Sim
Eduardo Cury (PSDB-SP) - Não
Eduardo da Fonte (PP-PE) - Sim
EduardoBolsonaro (PSL-SP) - Sim
Efraim Filho (DEM-PB) - Sim
Elcione Barbalho (MDB-PA) - Sim
Eli Borges (Solidaried-TO) - Não
Eli Corrêa Filho (DEM-SP) - Sim
Elias Vaz (PSB-GO) - Não
Elmar Nascimento (DEM-BA) - Sim
Emanuel Pinheiro N (PTB-MT) - Sim
Emidinho Madeira (PSB-MG) - Não
Enio Verri (PT-PR) - Sim 
Erika Kokay (PT-DF) - Sim
Eros Biondini (PROS-MG) - Não
EuclydesPettersen (PSC-MG) - Sim
Evair de Melo (PP-ES) - Não
Expedito Netto (PSD-RO) - Não
Fábio Henrique (PDT-SE) - Não
Fábio Mitidieri (PSD-SE) - Não
Fábio Ramalho (MDB-MG) - Sim
Fabio Reis (MDB-SE) - Sim
Fabio Schiochet (PSL-SC) - Não
Fábio Trad (PSD-MS) - Não
Fausto Pinato (PP-SP) - Sim
Felício Laterça (PSL-RJ) - Não
Felipe Carreras (PSB-PE) - Sim
Felipe Rigoni (PSB-ES) - Não
FelipeFrancischini (PSL-PR) - Não
Félix Mendonça Jr (PDT-BA) - Sim
FernandaMelchionna (PSOL-RS) - Não
Fernando Coelho (DEM-PE) - Sim
FernandoMonteiro (PP-PE) - Sim
FernandoRodolfo (PL-PE) - Sim
Flávia Morais (PDT-GO) - Não
Flaviano Melo (MDB-AC) - Sim
Flávio Nogueira (PDT-PI) - Sim
Francisco Jr. (PSD-GO) - Não
Franco Cartafina (PP-MG) - Não
Frei Anastacio (PT-PB) - Sim
Gastão Vieira (PROS-MA) - Sim
Gelson Azevedo (PL-RJ) - Sim
Genecias Noronha (Solidaried-CE) - Sim
General Girão (PSL-RN) - Não
General Peternelli (PSL-SP) - Sim
Geninho Zuliani (DEM-SP) - Sim
Geovania de Sá (PSDB-SC) - Não
Gervásio Maia (PSB-PB) - Não
Giacobo (PL-PR) - Sim
Gil Cutrim (Republican-MA) - Sim
Gilberto Abramo (Republican-MG) - Sim
Gilson Marques (Novo-SC) - Não
Giovani Cherini (PL-RS) - Sim
Giovani Feltes (MDB-RS) - Não
Glauber Braga (PSOL-RJ) - Não
Glaustin da Fokus (PSC-GO) - Sim
Gleisi Hoffmann (PT-PR) - Sim
Gonzaga Patriota (PSB-PE) - Sim
Greyce Elias (Avante-MG) - Sim
Guiga Peixoto (PSL-SP) - Não
Guilherme Derrite (PP-SP) - Não
Guilherme Mussi (PP-SP) - Sim
Gurgel (PSL-RJ) - Não
Gustavo Fruet (PDT-PR) - Não
Gustinho Ribeiro (Solidaried-SE) - Não
Gutemberg Reis (MDB-RJ) - Sim
Haroldo Cathedral (PSD-RR) - Não
Heitor Freire (PSL-CE) - Não
Heitor Schuch (PSB-RS) - Não
Helder Salomão (PT-ES) - Sim
Hélio Costa (Republican-SC) - Não
Hélio Leite (DEM-PA) - Não
Helio Lopes (PSL-RJ) -Sim
Henrique Fontana (PT-RS) - Sim
Hercílio Diniz (MDB-MG) - Não
Herculano Passos (MDB-SP) - Sim
HermesParcianello (MDB-PR) - Sim
Hildo Rocha (MDB-MA) -Não
Hiran Gonçalves (PP-RR) - Sim
Hugo Leal (PSD-RJ) - Sim
Hugo Motta (Republican-PB) - Sim
Idilvan Alencar (PDT-CE) - Não
Igor Timo (Podemos-MG) - Sim
Iracema Portella (PP-PI) - Sim
Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL) - Sim
Israel Batista (PV-DF) -Não
Ivan Valente (PSOL-SP) - Não
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) - Sim
Jaqueline Cassol (PP-RO) - Sim
Jefferson Campos (PSB-SP) - Não
Jerônimo Goergen (PP-RS) - Não
Jesus Sérgio (PDT-AC) - Não
Jhonatan de Jesus (Republican-RR) - Sim
João C. Bacelar (PL-BA) - Sim
João Campos (Republican-GO) - Sim
João Daniel (PT-SE) - Sim
João Maia (PL-RN) - Sim
João Marcelo S. (MDB-MA) - Sim
JoaquimPassarinho (PSD-PA) - Não
Joenia Wapichana (Rede-RR) - Não
Joice Hasselmann (PSL-SP) - Não
Jones Moura (PSD-RJ) - Sim
Jorge Braz (Republican-RJ) - Sim
Jorge Solla (PT-BA) - Sim
José Airton (PT-CE) - Sim
José Guimarães (PT-CE) - Sim
Jose Mario Schrein (DEM-GO) - Não
José Medeiros (Podemos-MT) - Não
José Nelto (Podemos-GO) - Sim
José Nunes (PSD-BA) - Sim
José Ricardo (PT-AM) - Sim
José Rocha (PL-BA) - Sim
Joseildo Ramos (PT-BA) - Sim
JosimarMaranhãozi (PL-MA) - Sim
Josivaldo JP (Podemos-MA) - Sim
Juarez Costa (MDB-MT) - Não
Julian Lemos (PSL-PB) - Não
Júlio Cesar (PSD-PI) - Sim
Julio Cesar Ribeir (Republican-DF) - Sim
Júlio Delgado (PSB-MG) - Não
Julio Lopes (PP-RJ) - Sim
Junio Amaral (PSL-MG) - Não
Júnior Mano (PL-CE) - Sim
Juscelino Filho (DEM-MA) - Sim
Kim Kataguiri (DEM-SP) - Não
Laercio Oliveira (PP-SE) - Sim
Laerte Bessa (PL-DF) - Sim
Lafayette Andrada (Republican-MG) - Sim
Lauriete (PSC-ES) - Não
Leandre (PV-PR) - Não
Leda Sadala (Avante-AP) - Não
Léo Moraes (Podemos-RO) - Não
Léo Motta (PSL-MG) - Não
Leo de Brito (PT-AC) - Sim
Leonardo Monteiro (PT-MG) - Sim
Leonardo Picciani (MDB-RJ) - Sim
Leônidas Cristino (PDT-CE) - Não
Leur Lomanto Jr. (DEM-BA) - Sim
Lídice da Mata (PSB-BA) - Sim
Liziane Bayer (PSB-RS) - Sim
Loester Trutis (PSL-MS) - Não
Lourival Gomes (PSL-RJ) - Sim
Lucas Gonzalez (Novo-MG) - Não
Lucas Redecker (PSDB-RS) - Não
Lucas Vergilio (Solidaried-GO) - Sim
Luciano Ducci (PSB-PR) - Sim
Lucio Mosquini (MDB-RO) - Não
Luis Miranda (DEM-DF) - Não
Luis Tibé (Avante-MG) - Sim
Luisa Canziani (PTB-PR) - Sim
Luiz Carlos Motta (PL-SP) - Sim
Luiz Lima (PSL-RJ) - Não
Luiz Nishimori (PL-PR) - Não
LuizAntônioCorrêa (PL-RJ) - Sim
Luiza Erundina (PSOL-SP) - Não
Luizão Goulart (Republican-PR) - Não
Luizianne Lins (PT-CE) - Sim
Magda Mofatto (PL-GO) - Sim
Major Fabiana (PSL-RJ) - Não
Mara Rocha (PSDB-AC) - Não
Marcel van Hattem (Novo-RS) - Não
Marcelo Álvaro (PSL-MG) - Sim
Marcelo Aro (PP-MG) - Sim
Marcelo Brum (PSL-RS) - Sim
Marcelo Calero (Cidadania-RJ) - Não
Marcelo Freixo (PSB-RJ) - Não
Marcelo Moraes (PTB-RS) - Sim
Marcelo Nilo (PSB-BA) - Sim
Marcelo Ramos (PL-AM) - Sim
Marcio Alvino (PL-SP) - Sim
Márcio Biolchi (MDB-RS) - Não
Márcio Labre (PSL-RJ) - Sim
Márcio Marinho (Republican-BA) - Sim
Marco Bertaiolli (PSD-SP) - Sim
Marcon (PT-RS) - Abstenção
Marcos A. Sampaio (MDB-PI) - Sim
Marcos Pereira (Republican-SP) - Sim
Marcos Soares (DEM-RJ) - Sim
Margarete Coelho (PP-PI) - Sim
Maria Rosas (Republican-SP) - Sim
Maria do Rosário (PT-RS) - Sim
Mariana Carvalho (PSDB-RO) - Não
Marília Arraes (PT-PE) - Sim
Marina Santos (PL-PI) - Sim
Mário Heringer (PDT-MG) - Sim
MárioNegromonte Jr (PP-BA) - Sim
Marlon Santos (PDT-RS) - Sim
Marreca Filho (Patriota-MA) - Não
Marx Beltrão (PSD-AL) - Sim
Maurício Dziedrick (PTB-RS) - Não
Mauro Lopes (MDB-MG) - Sim
Mauro Nazif (PSB-RO) - Não
Merlong Solano (PT-PI) - Sim
Milton Coelho (PSB-PE) - Sim
Milton Vieira (Republican-SP) - Sim
Moses Rodrigues (MDB-CE) - Sim
Natália Bonavides (PT-RN) - Sim
Nelson Barbudo (PSL-MT) - Sim
Nereu Crispim (PSL-RS) - Sim
Neri Geller (PP-MT) - Sim
Neucimar Fraga (PSD-ES) -Não
Newton Cardoso Jr (MDB-MG) -Sim
Nicoletti (PSL-RR) - Não
Nilson Pinto (PSDB-PA) - Sim
Nilto Tatto (PT-SP) - Sim
Nivaldo Albuquerq (PTB-AL) -Sim
Norma Ayub (DEM-ES) - Não
Odair Cunha (PT-MG) - Sim
Olival Marques (DEM-PA) - Sim
Orlando Silva (PCdoB-SP) - Sim
Osires Damaso (PSC-TO) - Sim
Osmar Serraglio (PP-PR) - Sim
Osmar Terra (MDB-RS) - Não
Ossesio Silva (Republican-PE) - Sim
Otoni de Paula (PSC-RJ) - Não
Ottaci Nascimento (Solidaried-RR) - Sim
Otto Alencar (PSD-BA) - Sim
Padre João (PT-MG) - Sim
Pastor Eurico (Patriota-PE) - Não
Pastor Gil (PL-MA) - Sim
Pastor Isidório (Avante-BA) - Sim
Patrus Ananias (PT-MG) - Sim
Paula Belmonte (Cidadania-DF) - Não
Paulão (PT-AL) - Sim
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) - Sim
Paulo Azi (DEM-BA) - Sim
Paulo Bengtson (PTB-PA) - Sim
Paulo Freire Costa (PL-SP) - Não
Paulo Ganime (Novo-RJ) - Não
Paulo Guedes (PT-MG) - Sim
Paulo Magalhães (PSD-BA) - Sim
Paulo Martins (PSC-PR) - Não
Paulo Pereira (Solidaried-SP) - Sim
Paulo Ramos (PDT-RJ) -Não
Paulo Teixeira (PT-SP) - Sim
Paulo V. Caleffi (PSD-RS) - Sim
Pedro A Bezerra (PTB-CE) - Sim
Pedro Augusto (PSD-RJ) - Sim
Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) - Não
Pedro Dalua (PSC-AP) - Sim
Pedro Lupion (DEM-PR) - Sim
Pedro Uczai (PT-SC) - Sim
Pedro Vilela (PSDB-AL) - Não
Perpétua Almeida (PCdoB-AC) - Abstenção
Pinheirinho (PP-MG) - Sim
Policial Sastre (PL-SP) - Não
Pompeo de Mattos (PDT-RS) - Não
Pr Marco Feliciano (PL-SP) - Sim
Prof Marcivania (PCdoB-AP) - Abstenção
Profª Rosa Neide (PT-MT) - Sim
Professor Alcides (PP-GO) - Sim
Professor Joziel (PSL-RJ) - Sim
Professora Dayane (PSL-BA) - Não
Raimundo Costa (PL-BA) - Sim
Raul Henry (MDB-PE) - Não
Reginaldo Lopes (PT-MG) - Sim
Rejane Dias (PT-PI) - Sim
Renata Abreu (Podemos-SP) - Não
Renildo Calheiros (PCdoB-PE) - Sim
Ricardo Barros (PP-PR) - Sim
Ricardo Guidi (PSD-SC) - Não
Ricardo Izar (PP-SP) - Sim
Ricardo Silva (PSB-SP) - Não
Ricardo Teobaldo (Podemos-PE) - Sim
Ricardo da Karol (PSC-RJ) - Sim
Robério Monteiro (PDT-CE) - Não
Roberto Alves (Republican-SP) - Sim
Roberto de Lucena (Podemos-SP) - Não
Rodrigo Agostinho (PSB-SP) - Não
Rodrigo Coelho (PSB-SC) - Não
Rodrigo de Castro (PSDB-MG) - Sim
Rogério Correia (PT-MG) - Sim
Rogério Peninha (MDB-SC) - Sim
Roman (Patriota-PR) - Sim
Ronaldo Carletto (PP-BA) - Sim
Rosana Valle (PSB-SP) - Não
Rosangela Gomes (Republican-RJ) - Sim
Rose Modesto (PSDB-MS) - Não
Rossoni (PSDB-PR) - Sim
Rubens Bueno (Cidadania-PR) - Não
Rubens Otoni (PT-GO) - Sim
Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA) - Sim
Rui Falcão (PT-SP) - Sim
Ruy Carneiro (PSDB-PB) - Não
Samuel Moreira (PSDB-SP) - Não
Sanderson (PSL-RS) - Não
Sargento Fahur (PSD-PR) - Não
Sebastião Oliveira (Avante-PE) - Sim
Sérgio Brito (PSD-BA) - Sim
Sergio Souza (MDB-PR) - Sim
Sergio Toledo (PL-AL) - Sim
Severino Pessoa (Republican-AL) - Sim
Shéridan (PSDB-RR) - Não
Sidney Leite (PSD-AM) - Não
Silas Câmara (Republican-AM) - Sim
Silvia Cristina (PDT-RO) - Não
Silvio Costa Filho (Republican-PE) - Sim
Soraya Santos (PL-RJ) - Sim
SóstenesCavalcante (DEM-RJ) - Sim
Stefano Aguiar (PSD-MG) - Não
Stephanes Junior (PSD-PR) - Não
SubtenenteGonzaga (PDT-MG) - Não
Tabata Amaral (PSB-SP) - Não
Tadeu Alencar (PSB-PE) - Não
Talíria Petrone (PSOL-RJ) - Não
Ted Conti (PSB-ES) - Não
Tereza Nelma (PSDB-AL) - Não
Tia Eron (Republican-BA) - Sim
Tiago Dimas (Solidaried-TO) - Sim
Tiago Mitraud (Novo-MG) - Não
Tiririca (PL-SP) - Sim
Tito (Avante-BA) - Sim 
Túlio Gadêlha (PDT-PE) - Não
Uldurico Junior (PROS-BA) -Não
Vaidon Oliveira (PROS-CE) - Sim
Valdevan Noventa (PL-SE) - Não
Valmir Assunção (PT-BA) - Sim
Vander Loubet (PT-MS) - Sim
Vanderlei Macris (PSDB-SP) - Não
Vavá Martins (Republican-PA) - Sim
Vermelho (PSD-PR) - Sim
Vicentinho (PT-SP) - Sim
Vicentinho Júnior (PL-TO) - Sim
Vilson da Fetaemg (PSB-MG) - Sim
Vinicius Carvalho (Republican-SP) - Sim
Vinicius Gurgel (PL-AP) - Sim
Vinicius Poit (Novo-SP) -Não
Vitor Hugo (PSL-GO) - Sim
Vitor Lippi (PSDB-SP) - Não
Vivi Reis (PSOL-PA) - Não
Waldenor Pereira (PT-BA) -Sim
Walter Alves (MDB-RN) -Sim
Weliton Prado (PROS-MG) -Não
Wellington (PL-PB) -Sim
Wilson Santiago (PTB-PB) -Sim
Wolney Queiroz (PDT-PE) -Sim
Zé Augusto Nalin (DEM-RJ) -Não
Zé Carlos (PT-MA) - Sim
Zé Neto (PT-BA) -Sim
Zé Silva (Solidaried-MG) - Sim
Zé Vitor (PL-MG) - Sim
Zeca Dirceu (PT-PR) - Sim



Grupo do Bem Estar e da Felicidade debate com a sociedade a Constituição de 1988 e defende sua permanência e aprimoramento diante dos desafios apresentados pela conjuntura econômica, política, social e tecnológica em 2018 no Brasil e no Mundo. Síntese da roda de conversa realizada no Fórum Permanente de Políticas Públicas para as Pessoas Idosas do centro de SP realizando conexão com o marco legal de defesa e proteção das pessoas idosas:


foto:Reprodução da Tela da Artista Plástica Ana Elisa Egreja
foto:Gabriel Lopes


Constituição Cidadã de 1988 faz aniversário de 30 anos em 22 de setembro de 2018( data da aprovação pelo plenário da Câmara dos Deputados) e em 05 de outubro de 2018(data de sua promulgação). É a sétima constituição brasileira, forjada após 20 meses de trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, com intensa participação de movimentos sociais, após a redemocratização ocorrida depois de 21 anos de ditadura militar, instalada pelo golpe de 1964 que interrompeu o governo do ex-presidente eleito João Goulart(PTB-RS).

fotos:Reprodução Internet

foto:Maria Lúcia Marcondes Macedo



A Comissão Nacional da Verdade em 2014 atribuiu a Ditadura Militar a morte e o desaparecimento de 434 pessoas.









fotos:Reprodução Internet

Na década de 80, houve o florescimento da cultura pop, o auge e a derrocada da Guerra Fria entre países capitalistas e socialistas, as políticas liberais encabeçadas pelos líderes dos Estados Unidos(Ronald Reagan) e Reino Unido(Margaret Tatcher), o impacto da epidemia de AIDS, a explosão das bandas de rock no Brasil e o início de uma sucessão de pacotes econômicos para conter inflação e baixo crescimento econômico no Brasil com o Plano Cruzado de 1986.



fotos:Reprodução Internet


Assim,neste contexto histórico e político, é que a Constituição de 1988 deve ser compreendida e analisada. É um texto que protege enfaticamente osdireitos civis e que cria mecanismos de pesos e contrapesos para limitar arroubos autoritários do Estado.É Preciso lembrar que foi promulgada durante o final do mandato do ex-presidente José Sarney(MDB-MA), então no PFL e oriundo das hostes da Arena e do PDS, todas agremiações que davam base de sustentação política da ditadura militar. Sarney tornou-se presidente após compor a chapa de Tancredo Neves(PMDB-MG) para concorrer com Paulo Maluf(PDS-SP) no Colégio Eleitoral, numa eleição indireta no Congresso Nacional. Tancredo Neves morreu antes de tomar posse e Sarney assumiu a presidência da República.Em 1983 e 1984, houve o Movimento das Diretas Já frustrado pela derrota da Emenda Dante de Oliveira em votação apertada no Congresso Nacional.



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A Constituição Cidadã de 1988 apresenta forte influência dos princípios da Igualdade e da Solidariedade além de garantir com vigor os direitos políticos e civis da população, através de cláusulas pétreas, que não podem ser modificadas. Saúde Pública, Educação Pública, Mobilidade, Previdência Social, Cultura, Meio Ambiente, Segurança Pública, Habitação são direitos expressos no texto constitucional.Os adversários da Constituição Cidadã afirmam que a mesma não reflete mais a atual conjuntura histórica, política, social e tecnológica do mundo e que por isso deveria ser reformada ou até mesmo abandonada por um nova.Os defensores alertam que o momento político, social e tecnológico é extremamente adverso para se modificar a Constituição que é o guia e o farol para o enfrentamento das turbulências contemporâneas.Os especialistas em Tributos alegam que a carga tributária em 1988 no Brasil era de 23% do PIB e que em 2013 alcançou cerca de 36% do PIB e em 2018 caiu para 33% por conta da crise econômica e da queda da arrecadação.Os mesmos ponderam que o ideal é que se remodelasse o pacto federativo e que se fizesse uma extensa reforma tributária para que os impostos fossem menos regressivos ou seja que incidissem menos sobre o consumo e a produção e mais sobre a renda, o lucro e a herança.Alguns chegam a advogar a supressão de alguns direitos sociais para fortalecer outros como Saúde, Educação e Segurança Pública, a fim de melhorar o desempenho do Estado e incrementar a atividade econômica e a geração de emprego e renda.









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O Presidente da Assembléia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988, o deputado federal Ulisses Guimarães(PMDB-SP) afirmou:" A persistência da Constituição é a sobrevivência da Democracia.Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem,da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra:Temos ódio à ditadura. Ódio e Nojo."O Relator da Constituição de 1988 foi o deputado federal Bernardo Cabral(PMDB-AM) que disse que os corredores do Congresso Nacional fervilhavam tão grande era a participação popular durante a Assembléia Nacional Constituinte entre 1987 e 1988. 




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Os direitos básicos dos cidadãos e cidadãs brasileiros estão assegurados no artigo 5 da Constituição de 1988:todos são iguais perante a lei;é livre a manifestação do pensamento, da expressão e da religião; é inviolável a vida privada; é assegurado a todos o acesso a informação; é livre a locomoção em todo o território nacional; é livre o direito de manifestação; é garantido o direito à propriedade privada;Nenhuma lei pode se sobrepor à Constituição. O Supremo Tribunal Federal(STF) mais alta corte jurídica do Brasil tem como missão ser o guardião da Constituição e impedir a sua violação.A Assembléia Nacional Constituinte foi eleita em 1986 através de eleições gerais de 559 parlamentares(72 senadores e 487 deputados federais). A Assembléia Nacional Constituinte não era exclusiva, e os parlamentares tinham que exercer a função de um parlamentar convencional além de se dedicar a contribuir para a confecção da Carta Magna.Naquela época a maioria dos parlamentares era do PMDB(303) e do PFL(135). PDS(38), PDT(26), PTB(18), PT(16),PL(7),PDC(6),PCB(3), PC do B(3), PSB(2), PSC(1), PMB(1) eram as outras forças partidárias no tabuleiro político de outrora.A Constituição apontou para um plebiscito para escolha do sistema de governo que ocorreria em 1993 e que consagraria a república presidencialista em detrimento da monarquia parlamentarista.Em 22 de setembro de 1988, a Constituição foi aprovada no plenário da Câmara dos Deputados por 474 votos a favor, 15 contra e 6 abstenções. A bancada do PT, descontente com o texto pouco radical em defesa dos direitos sociais, votou contra em plenário mas assinou o texto final da Constituição Cidadã de 1988.Mesmo sendo a máxima lei do Brasil, a Constituição de 1988 pode ser alterada.Uma Proposta de Emenda Constitucional(PEC) só entra em vigor após ter sido aprovada em Comissão Especial do Congresso Nacional e em duas votações na Câmara e no Senado por três quintos dos parlamentares(308 dos 513 deputados e 49 dos 81 senadores);Mas existem cláusulas pétreas, que não permitem modificação: o pacto federativo;o voto secreto, direto, universal e periódico; a separação dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário;os direitos e garantias individuais;Entre outubro de 1988 e janeiro de 2018 foram realizadas 105 emendas à Constituição como: reeleição para presidentes, governadores e prefeitos(1997); reforma do Judiciário(2004);criação do FUNDEB(Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação; inclusão da alimentação como direito social;fim do voto secreto para perda de mandatos de deputados e senadores(2013); direitos trabalhistas dos empregados domésticos(2013);aumento de 70 para 75 anos o limite de idade para ministros de tribunais jurídicos;inclusão do transporte como direito social(2015)prorrogação da desvinculação das receitas da União até 2013, liberando a utilização de 30% dos tributos federais;



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Limite de tetos de gastos públicos por 20 anos em relação a inflação do ano anterior(2016);As propostas de emendas constitucionais que são polêmicas e que estão com tramitação suspensa são:PEC 287/2016:reforma da Previdência;



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PEC 333/2017:restrição do foro privilegiado apenas para os chefes dos Poderes(atualmente cerca de 54.990 pessoas são protegidas por prerrogativa de função no Brasil);





PEC 31/2007:Reforma Tributária com simplificação de tributos.Quando passou a vigorar, a Constituição tinha 382 dispositivos que careciam de regulamentação para valer na prática.Agora, em 2018 existem ainda 119 pontos sem leis específicas para valerem de fato.




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Entre os avanços sociais mais significaticos promovidos pela Carta de 1988 estão: a criação doSistema Único de Saúde, tendo como princípios a universalidade de acesso, a integralidade de ações e a equidade no tratamento dos usuários, além de justiça social e participação popular, a inclusão de todas crianças e jovens brasileiras na Educação Pública; o estabelecimento de um Sistema Nacional de Previdência Social; a Sistematização dos Direitos Trabalhistas como Salário Mínimo, 13 salário, jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais,aviso prévio e seguro desemprego, consolidando e ampliando o que já havia estabelecido a Consolidação das Leis do Trabalho de 1943.Os 250 artigos da Constituição brasileira de 1988 fazem dela a segunda maior e mais complexa Carta Magna de um país, ficando atrás apenas da Constituição da Índia.A expressão Carta Magna tem como origem a Constituição de 1215 que impõe limites a atuação do Rei João da Inglaterra. A Mais antiga Constituição do mundo moderno é a dos Estados Unidos, promulgada em 1787, vigente até hoje e que sofreu apenas 27 emendas até 2018.A segunda mais antiga Constituição é a da França, de 1791, sendo que a atual que vigora é uma versão aprovada em 1958.Na Alemenha, a primeira constituição data de 1849, estando em vigência uma atualização de 1949;Estas constituições européias influenciaram alguns pontos da Constituição Brasileira de 1988.Na América Latina, as Constituições mais tradicionais são as do México de 1917 e a da Costa Rica de 1949. A Mais recente é a da República Dominicana de 2010.Em 2018,Venezuela e Cuba discutiam mudar suas Constituições, com a polêmica de serem consideradas por muitos analistas e órgãos multilaterais, sistemas autocráticos.As Constituições brasileiras anteriores são:1824(Brasil Império); 1891(República militar); 1934(Segunda República); 1937(Estado Novo); 1946(Governo General Conservador Eurico Gaspar Dutra após deposição de Getulio Vargas), 1967(Ditadura Militar com 17 Atos Institucionais entre eles o famigerado Ato Institucional número 5(AI-5) que deu poderes absolutos ao presidente Costa e Silva e fechou o Congresso Nacional.)




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Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos Cidadãos

Adotada e proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.
Preâmbulo
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que mulheres e homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do ser humano comum,
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos fundamentais do ser humano, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
Considerando que os Países-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do ser humano e a observância desses direitos e liberdades,
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
Agora portanto a Assembléia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade tendo sempre em mente esta Declaração, esforce-se, por meio do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Países-Membros quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo 1
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2
1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 
2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Artigo 3
Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo 6
Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.

Artigo 7
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8
Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir seus direitos e deveres ou fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo 12
Ninguém será sujeito à interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo 13
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 
2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a esse regressar.

Artigo 14
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 15
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. 
3. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

Artigo 17
1. Todo ser humano tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo 18
Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto em público ou em particular.


foto:Gabriel Lopes



Artigo 19
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.

Artigo 20
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22
Todo ser humano, como membro da sociedade, tem direito à segurança social, à realização pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.

Artigo 23
1. Todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
2. Todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 
3. Todo ser humano que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 
4. Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo 24
Todo ser humano tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Artigo 25
1. Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo 26
1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo 27
1. Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de seus benefícios. 
2. Todo ser humano tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 28
Todo ser humano tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.


Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração poder ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.


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Política Nacional do Idoso

Regulamento
Mensagem de veto
Dispõe sobre a política nacional do idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências..
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I
Da Finalidade

        Art. 1º A política nacional do idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.
        Art. 2º Considera-se idoso, para os efeitos desta lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
CAPÍTULO II
Dos Princípios e das Diretrizes

SEÇÃO I
Dos Princípios

        Art. 3° A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:
        I - a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida;
        II - o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos;
        III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza;
        IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através desta política;
        V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta lei.
SEÇÃO II
Das Diretrizes

        Art. 4º Constituem diretrizes da política nacional do idoso:
        I - viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, que proporcionem sua integração às demais gerações;
        II - participação do idoso, através de suas organizações representativas, na formulação, implementação e avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos;
        III - priorização do atendimento ao idoso através de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições que garantam sua própria sobrevivência;
        IV - descentralização político-administrativa;
        V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços;
        VI - implementação de sistema de informações que permita a divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos, programas e projetos em cada nível de governo;
        VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento;
        VIII - priorização do atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores de serviços, quando desabrigados e sem família;
        IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relativas ao envelhecimento.
        Parágrafo único. É vedada a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência médica ou de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social.
CAPÍTULO III
Da Organização e Gestão

        Art. 5º Competirá ao órgão ministerial responsável pela assistência e promoção social a coordenação geral da política nacional do idoso, com a participação dos conselhos nacionais, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso.
        Art. 6º Os conselhos nacional, estaduais, do Distrito Federal e municipais do idoso serão órgãos permanentes, paritários e deliberativos, compostos por igual número de representantes dos órgãos e entidades públicas e de organizações representativas da sociedade civil ligadas à área.
        Art. 7º Compete aos conselhos de que trata o artigo anterior a formulação, coordenação, supervisão e avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-administrativas.
        Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-administrativas. (Redação dada pelo Lei nº 10.741, de 2003) 
        Art. 8º À União, por intermédio do ministério responsável pela assistência e promoção social, compete:
        I - coordenar as ações relativas à política nacional do idoso;
        II - participar na formulação, acompanhamento e avaliação da política nacional do idoso;
        III - promover as articulações intraministeriais e interministeriais necessárias à implementação da política nacional do idoso;
        IV - (Vetado;)
        V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito da promoção e assistência social e submetê-la ao Conselho Nacional do Idoso.
        Parágrafo único. Os ministérios das áreas de saúde, educação, trabalho, previdência social, cultura, esporte e lazer devem elaborar proposta orçamentária, no âmbito de suas competências, visando ao financiamento de programas nacionais compatíveis com a política nacional do idoso.
        Art. 9º (Vetado.)
        Parágrafo único. (Vetado.)
CAPÍTULO IV
Das Ações Governamentais

        Art. 10. Na implementação da política nacional do idoso, são competências dos órgãos e entidades públicos:
        I - na área de promoção e assistência social:
        a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o atendimento das necessidades básicas do idoso, mediante a participação das famílias, da sociedade e de entidades governamentais e não-governamentais.
        b) estimular a criação de incentivos e de alternativas de atendimento ao idoso, como centros de convivência, centros de cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho, atendimentos domiciliares e outros;
        c) promover simpósios, seminários e encontros específicos;
        d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos, levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação social do idoso;
        e) promover a capacitação de recursos para atendimento ao idoso;
        II - na área de saúde:
        a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde;
        b) prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso, mediante programas e medidas profiláticas;
        c) adotar e aplicar normas de funcionamento às instituições geriátricas e similares, com fiscalização pelos gestores do Sistema Único de Saúde;
        d) elaborar normas de serviços geriátricos hospitalares;
        e) desenvolver formas de cooperação entre as Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios e entre os Centros de Referência em Geriatria e Gerontologia para treinamento de equipes interprofissionais;
        f) incluir a Geriatria como especialidade clínica, para efeito de concursos públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais;
        g) realizar estudos para detectar o caráter epidemiológico de determinadas doenças do idoso, com vistas a prevenção, tratamento e reabilitação; e
        h) criar serviços alternativos de saúde para o idoso;
        III - na área de educação:
        a) adequar currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais destinados ao idoso;
        b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do ensino formal, conteúdos voltados para o processo de envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos sobre o assunto;
        c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinas curriculares nos cursos superiores;
        d) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, a fim de informar a população sobre o processo de envelhecimento;
        e) desenvolver programas que adotem modalidades de ensino à distância, adequados às condições do idoso;
        f) apoiar a criação de universidade aberta para a terceira idade, como meio de universalizar o acesso às diferentes formas do saber;
        IV - na área de trabalho e previdência social:
        a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua participação no mercado de trabalho, no setor público e privado;
        b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previdenciários;
        c) criar e estimular a manutenção de programas de preparação para aposentadoria nos setores público e privado com antecedência mínima de dois anos antes do afastamento;
        V - na área de habitação e urbanismo:
        a) destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao idoso, na modalidade de casas-lares;
        b) incluir nos programas de assistência ao idoso formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando seu estado físico e sua independência de locomoção;
        c) elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular;
        d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas;
        VI - na área de justiça:
        a) promover e defender os direitos da pessoa idosa;
        b) zelar pela aplicação das normas sobre o idoso determinando ações para evitar abusos e lesões a seus direitos;
        VII - na área de cultura, esporte e lazer:
        a) garantir ao idoso a participação no processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais;
        b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, em âmbito nacional;
        c) incentivar os movimentos de idosos a desenvolver atividades culturais;
        d) valorizar o registro da memória e a transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais jovens, como meio de garantir a continuidade e a identidade cultural;
        e) incentivar e criar programas de lazer, esporte e atividades físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vida do idoso e estimulem sua participação na comunidade.
        § 1º É assegurado ao idoso o direito de dispor de seus bens, proventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidade judicialmente comprovada.
        § 2º Nos casos de comprovada incapacidade do idoso para gerir seus bens, ser-lhe-á nomeado Curador especial em juízo.
        § 3º Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência ou desrespeito ao idoso.
CAPÍTULO V
Do Conselho Nacional

        Art. 11. (Vetado.)
        Art. 12. (Vetado.)
        Art. 13. (Vetado.)
        Art. 14. (Vetado.)
        Art. 15. (Vetado.)
        Art. 16. (Vetado.)
        Art. 17. (Vetado.)
        Art. 18. (Vetado.)
CAPÍTULO VI
Das Disposições Gerais

        Art. 19. Os recursos financeiros necessários à implantação das ações afetas às áreas de competência dos governos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais serão consignados em seus respectivos orçamentos.
        Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de sessenta dias, a partir da data de sua publicação.
        Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
        Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.
        Brasília, 4 de janeiro de 1994, 173º da Independência e 106º da República.

ITAMAR FRANCO



Estatuto do Idoso


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Texto compiladoMensagem de veto
Vigência

(Vide Decreto nº 6.214, de 2007)
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
Disposições Preliminares

         Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
         Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
         Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
          Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
§ 1º A garantia de prioridade compreende:                (Redação dada pela Lei nº 13.466, de 2017)
          I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população;
        II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
        III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
        IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as demais gerações;
        V – priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência;
        VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos idosos;
        VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
        VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.
         IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.                  (Incluído pela Lei nº 11.765, de 2008).
§ 2º  Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos demais idosos.                 (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017)
        Art. 4o Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
        § 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.
        § 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
        Art. 5o A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei.
        Art. 6o Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.
        Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.
TÍTULO II
Dos Direitos Fundamentais

CAPÍTULO I
Do Direito à Vida

        Art. 8o O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.
        Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.
CAPÍTULO II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
        Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
        § 1o O direito à liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos:
        I – faculdade de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
        II – opinião e expressão;
        III – crença e culto religioso;
        IV – prática de esportes e de diversões;
        V – participação na vida familiar e comunitária;
        VI – participação na vida política, na forma da lei;
        VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
        § 2o O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.
        § 3o É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.
CAPÍTULO III
Dos Alimentos

        Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil.
        Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores.
        Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de Justiça, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil.
        Art. 13.  As transações relativas a alimentos poderão ser celebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor Público, que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo extrajudicial nos termos da lei processual civil.         (Redação dada pela Lei nº 11.737, de 2008)
        Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social.
CAPÍTULO IV
Do Direito à Saúde

        Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
        § 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de:
        I – cadastramento da população idosa em base territorial;
        II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
        III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
        IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural;
        V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.
        § 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
        § 3o É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança de valores diferenciados em razão da idade.
        § 4o Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei.
§ 5o É vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo perante os órgãos públicos, hipótese na qual será admitido o seguinte procedimento:       (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
I - quando de interesse do poder público, o agente promoverá o contato necessário com o idoso em sua residência; ou        (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
II - quando de interesse do próprio idoso, este se fará representar por procurador legalmente constituído.        (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
§ 6o É assegurado ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, pelo serviço público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o Sistema Único de Saúde - SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direitos sociais e de isenção tributária.       (Incluído pela Lei nº 12.896, de 2013)
§ 7º  Em todo atendimento de saúde, os maiores de oitenta anos terão preferência especial sobre os demais idosos, exceto em caso de emergência.     (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017).
        Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
        Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou, no caso de impossibilidade, justificá-la por escrito.
        Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.
        Parágrafo único. Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
        I – pelo curador, quando o idoso for interditado;
        II – pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contactado em tempo hábil;
        III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar;
        IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que deverá comunicar o fato ao Ministério Público.
        Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda.
        Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos:
        Art. 19.  Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:          (Redação dada pela Lei nº 12.461, de 2011)
        I – autoridade policial;
        II – Ministério Público;
        III – Conselho Municipal do Idoso;
        IV – Conselho Estadual do Idoso;
        V – Conselho Nacional do Idoso.
        § 1o  Para os efeitos desta Lei, considera-se violência contra o idoso qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico.         (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)
        § 2o  Aplica-se, no que couber, à notificação compulsória prevista no caput deste artigo, o disposto na Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975.         (Incluído pela Lei nº 12.461, de 2011)
CAPÍTULO V
Da Educação, Cultura, Esporte e Lazer

        Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.
        Art. 21. O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.
        § 1o Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.
        § 2o Os idosos participarão das comemorações de caráter cívico ou cultural, para transmissão de conhecimentos e vivências às demais gerações, no sentido da preservação da memória e da identidade culturais.
        Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.
        Art. 23. A participação dos idosos em atividades culturais e de lazer será proporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqüenta por cento) nos ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como o acesso preferencial aos respectivos locais.
        Art. 24. Os meios de comunicação manterão espaços ou horários especiais voltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artística e cultural, e ao público sobre o processo de envelhecimento.
        Art. 25. O Poder Público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.
Art. 25.  As instituições de educação superior ofertarão às pessoas idosas, na perspectiva da educação ao longo da vida, cursos e programas de extensão, presenciais ou a distância, constituídos por atividades formais e não formais.  (Redação dada pela lei nº 13.535, de 2017)
Parágrafo único.  O poder público apoiará a criação de universidade aberta para as pessoas idosas e incentivará a publicação de livros e periódicos, de conteúdo e padrão editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada a natural redução da capacidade visual.    (Incluído pela lei nº 13.535, de 2017)
CAPÍTULO VI
Da Profissionalização e do Trabalho

        Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.
        art27Art. 27. Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é vedada a discriminação e a fixação de limite máximo de idade, inclusive para concursos, ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir.
        Parágrafo único. O primeiro critério de desempate em concurso público será a idade, dando-se preferência ao de idade mais elevada.
        Art. 28. O Poder Público criará e estimulará programas de:
        I – profissionalização especializada para os idosos, aproveitando seus potenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas;
        II – preparação dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecedência mínima de 1 (um) ano, por meio de estímulo a novos projetos sociais, conforme seus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania;
        III – estímulo às empresas privadas para admissão de idosos ao trabalho.
CAPÍTULO VII
Da Previdência Social

        Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação vigente.
        Parágrafo único. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados na mesma data de reajuste do salário-mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do seu último reajustamento, com base em percentual definido em regulamento, observados os critérios estabelecidos pela Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991.
        Art. 30. A perda da condição de segurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência na data de requerimento do benefício.
        Parágrafo único. O cálculo do valor do benefício previsto no caput observará o disposto no caput e § 2o do art. 3o da Lei no 9.876, de 26 de novembro de 1999, ou, não havendo salários-de-contribuição recolhidos a partir da competência de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei no 8.213, de 1991.
        Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefícios, efetuado com atraso por responsabilidade da Previdência Social, será atualizado pelo mesmo índice utilizado para os reajustamentos dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, verificado no período compreendido entre o mês que deveria ter sido pago e o mês do efetivo pagamento.
        Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1o de Maio, é a data-base dos aposentados e pensionistas.
CAPÍTULO VIII
Da Assistência Social

        Art. 33. A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.
        Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social – Loas.       (Vide Decreto nº 6.214, de 2007)
        Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a Loas.
        Art. 35. Todas as entidades de longa permanência, ou casa-lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de serviços com a pessoa idosa abrigada. 
        § 1o No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é facultada a cobrança de participação do idoso no custeio da entidade.
        § 2o O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal da Assistência Social estabelecerá a forma de participação prevista no § 1o, que não poderá exceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefício previdenciário ou de assistência social percebido pelo idoso.
        § 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu representante legal firmar o contrato a que se refere o caput deste artigo.
        Art. 36. O acolhimento de idosos em situação de risco social, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a dependência econômica, para os efeitos legais.      (Vigência)
CAPÍTULO IX
Da Habitação

        Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada.
        § 1o A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios ou da família.
        § 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente.
        § 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei.
        Art. 38. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidiados com recursos públicos, o idoso goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia própria, observado o seguinte:
        I – reserva de 3% (três por cento) das unidades residenciais para atendimento aos idosos;
        I - reserva de pelo menos 3% (três por cento) das unidades habitacionais residenciais para atendimento aos idosos;      (Redação dada pela Lei nº 12.418, de 2011)
        II – implantação de equipamentos urbanos comunitários voltados ao idoso;
        III – eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanísticas, para garantia de acessibilidade ao idoso;
        IV – critérios de financiamento compatíveis com os rendimentos de aposentadoria e pensão.
        Parágrafo único.  As unidades residenciais reservadas para atendimento a idosos devem situar-se, preferencialmente, no pavimento térreo.      (Incluído pela Lei nº 12.419, de 2011)
CAPÍTULO X
Do Transporte

        Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos transportes coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviços seletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
        § 1o Para ter acesso à gratuidade, basta que o idoso apresente qualquer documento pessoal que faça prova de sua idade.
        § 2o Nos veículos de transporte coletivo de que trata este artigo, serão reservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamente identificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos.
        § 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etária entre 60 (sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficará a critério da legislação local dispor sobre as condições para exercício da gratuidade nos meios de transporte previstos no caput deste artigo.
        Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-á, nos termos da legislação específica:       (Regulamento)     (Vide Decreto nº 5.934, de 2006)
        I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;
        II – desconto de 50% (cinqüenta por cento), no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos.
        Parágrafo único. Caberá aos órgãos competentes definir os mecanismos e os critérios para o exercício dos direitos previstos nos incisos I e II.
        Art. 41. É assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.
        Art. 42. É assegurada a prioridade do idoso no embarque no sistema de transporte coletivo.
        Art. 42. São asseguradas a prioridade e a segurança do idoso nos procedimentos de embarque e desembarque nos veículos do sistema de transporte coletivo.       (Redação dada pela Lei nº 12.899, de 2013)
TÍTULO III
Das Medidas de Proteção

CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais

        Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
        I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
        II – por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento;
        III – em razão de sua condição pessoal.
CAPÍTULO II
Das Medidas Específicas de Proteção

        Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a que se destinam e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
        Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério Público ou o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
        I – encaminhamento à família ou curador, mediante termo de responsabilidade;
        II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
        III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
        IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação;
        V – abrigo em entidade;
        VI – abrigo temporário.
TÍTULO IV
Da Política de Atendimento ao Idoso

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

        Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
        Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:
        I – políticas sociais básicas, previstas na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994;
        II – políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem;
        III – serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;
        IV – serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência;
        V – proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos;
        VI – mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmentos da sociedade no atendimento do idoso.
CAPÍTULO II
Das Entidades de Atendimento ao Idoso

        Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, observadas as normas de planejamento e execução emanadas do órgão competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei no 8.842, de 1994.
        Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais de assistência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de seus programas, junto ao órgão competente da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa, especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes requisitos:
        I – oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
        II – apresentar objetivos estatutários e plano de trabalho compatíveis com os princípios desta Lei;
        III – estar regularmente constituída;
        IV – demonstrar a idoneidade de seus dirigentes.
        Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de institucionalização de longa permanência adotarão os seguintes princípios:
        I – preservação dos vínculos familiares;
        II – atendimento personalizado e em pequenos grupos;
        III – manutenção do idoso na mesma instituição, salvo em caso de força maior;
        IV – participação do idoso nas atividades comunitárias, de caráter interno e externo;
        V – observância dos direitos e garantias dos idosos;
        VI – preservação da identidade do idoso e oferecimento de ambiente de respeito e dignidade.
        Parágrafo único. O dirigente de instituição prestadora de atendimento ao idoso responderá civil e criminalmente pelos atos que praticar em detrimento do idoso, sem prejuízo das sanções administrativas.
       Art. 50. Constituem obrigações das entidades de atendimento:
        I – celebrar contrato escrito de prestação de serviço com o idoso, especificando o tipo de atendimento, as obrigações da entidade e prestações decorrentes do contrato, com os respectivos preços, se for o caso;
        II – observar os direitos e as garantias de que são titulares os idosos;
        III – fornecer vestuário adequado, se for pública, e alimentação suficiente;
        IV – oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade;
        V – oferecer atendimento personalizado;
        VI – diligenciar no sentido da preservação dos vínculos familiares;
        VII – oferecer acomodações apropriadas para recebimento de visitas;
        VIII – proporcionar cuidados à saúde, conforme a necessidade do idoso;
        IX – promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer;
        X – propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças;
        XI – proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
        XII – comunicar à autoridade competente de saúde toda ocorrência de idoso portador de doenças infecto-contagiosas;
        XIII – providenciar ou solicitar que o Ministério Público requisite os documentos necessários ao exercício da cidadania àqueles que não os tiverem, na forma da lei;
        XIV – fornecer comprovante de depósito dos bens móveis que receberem dos idosos;
        XV – manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias do atendimento, nome do idoso, responsável, parentes, endereços, cidade, relação de seus pertences, bem como o valor de contribuições, e suas alterações, se houver, e demais dados que possibilitem sua identificação e a individualização do atendimento;
        XVI – comunicar ao Ministério Público, para as providências cabíveis, a situação de abandono moral ou material por parte dos familiares;
        XVII – manter no quadro de pessoal profissionais com formação específica.
        Art. 51. As instituições filantrópicas ou sem fins lucrativos prestadoras de serviço ao idoso terão direito à assistência judiciária gratuita.
CAPÍTULO III
Da Fiscalização das Entidades de Atendimento

        Art. 52. As entidades governamentais e não-governamentais de atendimento ao idoso serão fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministério Público, Vigilância Sanitária e outros previstos em lei.
        Art. 53. O art. 7o da Lei no 8.842, de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 7o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Lei a supervisão, o acompanhamento, a fiscalização e a avaliação da política nacional do idoso, no âmbito das respectivas instâncias político-administrativas." (NR)
        Art. 54. Será dada publicidade das prestações de contas dos recursos públicos e privados recebidos pelas entidades de atendimento.
        Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as determinações desta Lei ficarão sujeitas, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus dirigentes ou prepostos, às seguintes penalidades, observado o devido processo legal:
        I – as entidades governamentais:
        a) advertência;
        b) afastamento provisório de seus dirigentes;
        c) afastamento definitivo de seus dirigentes;
        d) fechamento de unidade ou interdição de programa;
        II – as entidades não-governamentais:
        a) advertência;
        b) multa;
        c) suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas;
        d) interdição de unidade ou suspensão de programa;
        e) proibição de atendimento a idosos a bem do interesse público.
        § 1o Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo de fraude em relação ao programa, caberá o afastamento provisório dos dirigentes ou a interdição da unidade e a suspensão do programa.
        § 2o A suspensão parcial ou total do repasse de verbas públicas ocorrerá quando verificada a má aplicação ou desvio de finalidade dos recursos.
        § 3o Na ocorrência de infração por entidade de atendimento, que coloque em risco os direitos assegurados nesta Lei, será o fato comunicado ao Ministério Público, para as providências cabíveis, inclusive para promover a suspensão das atividades ou dissolução da entidade, com a proibição de atendimento a idosos a bem do interesse público, sem prejuízo das providências a serem tomadas pela Vigilância Sanitária.
        § 4o Na aplicação das penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o idoso, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes da entidade.
CAPÍTULO IV
Das Infrações Administrativas

        Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as determinações do art. 50 desta Lei:
        Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), se o fato não for caracterizado como crime, podendo haver a interdição do estabelecimento até que sejam cumpridas as exigências legais.
        Parágrafo único. No caso de interdição do estabelecimento de longa permanência, os idosos abrigados serão transferidos para outra instituição, a expensas do estabelecimento interditado, enquanto durar a interdição.
        Art. 57. Deixar o profissional de saúde ou o responsável por estabelecimento de saúde ou instituição de longa permanência de comunicar à autoridade competente os casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento:
        Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), aplicada em dobro no caso de reincidência.
        Art. 58. Deixar de cumprir as determinações desta Lei sobre a prioridade no atendimento ao idoso:
        Pena – multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais) e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofrido pelo idoso.
CAPÍTULO V
Da Apuração Administrativa de Infração às 
Normas de Proteção ao Idoso

        Art. 59. Os valores monetários expressos no Capítulo IV serão atualizados anualmente, na forma da lei.
        Art. 60. O procedimento para a imposição de penalidade administrativa por infração às normas de proteção ao idoso terá início com requisição do Ministério Público ou auto de infração elaborado por servidor efetivo e assinado, se possível, por duas testemunhas.
        § 1o No procedimento iniciado com o auto de infração poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias da infração.
        § 2o Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavratura do auto, ou este será lavrado dentro de 24 (vinte e quatro) horas, por motivo justificado.
        Art. 61. O autuado terá prazo de 10 (dez) dias para a apresentação da defesa, contado da data da intimação, que será feita:
        I – pelo autuante, no instrumento de autuação, quando for lavrado na presença do infrator;
        II – por via postal, com aviso de recebimento.
        Art. 62. Havendo risco para a vida ou à saúde do idoso, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.
        Art. 63. Nos casos em que não houver risco para a vida ou a saúde da pessoa idosa abrigada, a autoridade competente aplicará à entidade de atendimento as sanções regulamentares, sem prejuízo da iniciativa e das providências que vierem a ser adotadas pelo Ministério Público ou pelas demais instituições legitimadas para a fiscalização.
CAPÍTULO VI
Da Apuração Judicial de Irregularidades em Entidade de Atendimento

        Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento administrativo de que trata este Capítulo as disposições das Leis nos 6.437, de 20 de agosto de 1977, e 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
        Art. 65. O procedimento de apuração de irregularidade em entidade governamental e não-governamental de atendimento ao idoso terá início mediante petição fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa do Ministério Público.
        Art. 66. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório do dirigente da entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para evitar lesão aos direitos do idoso, mediante decisão fundamentada.
        Art. 67. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de 10 (dez) dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas a produzir.
        Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz procederá na conformidade do art. 69 ou, se necessário, designará audiência de instrução e julgamento, deliberando sobre a necessidade de produção de outras provas.
        § 1o Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público terão 5 (cinco) dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
        § 2o Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará a autoridade administrativa imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de 24 (vinte e quatro) horas para proceder à substituição.
        § 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária poderá fixar prazo para a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o processo será extinto, sem julgamento do mérito.
        § 4o A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade ou ao responsável pelo programa de atendimento.
TÍTULO V
Do Acesso à Justiça

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

        Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste Capítulo, o procedimento sumário previsto no Código de Processo Civil, naquilo que não contrarie os prazos previstos nesta Lei.
        Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do idoso.
        Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
        § 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do processo.
        § 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.
        § 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos na Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de Assistência Judiciária.
        § 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível e caracteres legíveis.
        § 5º  Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade especial aos maiores de oitenta anos.    (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017).
CAPÍTULO II
Do Ministério Público

        Art. 72. (VETADO)
        Art. 73. As funções do Ministério Público, previstas nesta Lei, serão exercidas nos termos da respectiva Lei Orgânica.
        Art. 74. Compete ao Ministério Público:
        I – instaurar o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos direitos e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponíveis e individuais homogêneos do idoso;
        II – promover e acompanhar as ações de alimentos, de interdição total ou parcial, de designação de curador especial, em circunstâncias que justifiquem a medida e oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de idosos em condições de risco;
        III – atuar como substituto processual do idoso em situação de risco, conforme o disposto no art. 43 desta Lei;
        IV – promover a revogação de instrumento procuratório do idoso, nas hipóteses previstas no art. 43 desta Lei, quando necessário ou o interesse público justificar;
        V – instaurar procedimento administrativo e, para instruí-lo:
        a) expedir notificações, colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de não comparecimento injustificado da pessoa notificada, requisitar condução coercitiva, inclusive pela Polícia Civil ou Militar;
        b) requisitar informações, exames, perícias e documentos de autoridades municipais, estaduais e federais, da administração direta e indireta, bem como promover inspeções e diligências investigatórias;
        c) requisitar informações e documentos particulares de instituições privadas;
        VI – instaurar sindicâncias, requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, para a apuração de ilícitos ou infrações às normas de proteção ao idoso;
        VII – zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados ao idoso, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
        VIII – inspecionar as entidades públicas e particulares de atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à remoção de irregularidades porventura verificadas;
        IX – requisitar força policial, bem como a colaboração dos serviços de saúde, educacionais e de assistência social, públicos, para o desempenho de suas atribuições;
        X – referendar transações envolvendo interesses e direitos dos idosos previstos nesta Lei.
        § 1o A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo dispuser a lei.
        § 2o As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde que compatíveis com a finalidade e atribuições do Ministério Público.
        § 3o O representante do Ministério Público, no exercício de suas funções, terá livre acesso a toda entidade de atendimento ao idoso.
        Art. 75. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos, requerer diligências e produção de outras provas, usando os recursos cabíveis.
        Art. 76. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será feita pessoalmente.
        Art. 77. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
CAPÍTULO III
Da Proteção Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos e Individuais Indisponíveis ou Homogêneos

        Art. 78. As manifestações processuais do representante do Ministério Público deverão ser fundamentadas.
        Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao oferecimento insatisfatório de:
        I – acesso às ações e serviços de saúde;
        II – atendimento especializado ao idoso portador de deficiência ou com limitação incapacitante;
        III – atendimento especializado ao idoso portador de doença infecto-contagiosa;
        IV – serviço de assistência social visando ao amparo do idoso.
        Parágrafo único. As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, próprios do idoso, protegidos em lei.
        Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa, ressalvadas as competências da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.
        Art. 81. Para as ações cíveis fundadas em interesses difusos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogêneos, consideram-se legitimados, concorrentemente:
        I – o Ministério Público;
        II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
        III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
        IV – as associações legalmente constituídas há pelo menos 1 (um) ano e que incluam entre os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos da pessoa idosa, dispensada a autorização da assembléia, se houver prévia autorização estatutária.
        § 1o Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei.
        § 2o Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado deverá assumir a titularidade ativa.
        Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ação pertinentes.
        Parágrafo único. Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da lei do mandado de segurança.
        Art. 83. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não-fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao adimplemento.
        § 1o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, na forma do art. 273 do Código de Processo Civil.
        § 2o O juiz poderá, na hipótese do § 1o ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente do pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do preceito.
        § 3o A multa só será exigível do réu após o trânsito em julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde o dia em que se houver configurado.
        Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei reverterão ao Fundo do Idoso, onde houver, ou na falta deste, ao Fundo Municipal de Assistência Social, ficando vinculados ao atendimento ao idoso.
        Parágrafo único. As multas não recolhidas até 30 (trinta) dias após o trânsito em julgado da decisão serão exigidas por meio de execução promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais legitimados em caso de inércia daquele.
        Art. 85. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar dano irreparável à parte.
        Art. 86. Transitada em julgado a sentença que impuser condenação ao Poder Público, o juiz determinará a remessa de peças à autoridade competente, para apuração da responsabilidade civil e administrativa do agente a que se atribua a ação ou omissão.
        Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trânsito em julgado da sentença condenatória favorável ao idoso sem que o autor lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público, facultada, igual iniciativa aos demais legitimados, como assistentes ou assumindo o pólo ativo, em caso de inércia desse órgão.
        Art. 88. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas.
        Parágrafo único. Não se imporá sucumbência ao Ministério Público.
        Art. 89. Qualquer pessoa poderá, e o servidor deverá, provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-lhe informações sobre os fatos que constituam objeto de ação civil e indicando-lhe os elementos de convicção.
        Art. 90. Os agentes públicos em geral, os juízes e tribunais, no exercício de suas funções, quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crime de ação pública contra idoso ou ensejar a propositura de ação para sua defesa, devem encaminhar as peças pertinentes ao Ministério Público, para as providências cabíveis.
        Art. 91. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no prazo de 10 (dez) dias.
        Art. 92. O Ministério Público poderá instaurar sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
        § 1o Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências, se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação civil ou de peças informativas, determinará o seu arquivamento, fazendo-o fundamentadamente.
        § 2o Os autos do inquérito civil ou as peças de informação arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao Conselho Superior do Ministério Público ou à Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público.
        § 3o Até que seja homologado ou rejeitado o arquivamento, pelo Conselho Superior do Ministério Público ou por Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público, as associações legitimadas poderão apresentar razões escritas ou documentos, que serão juntados ou anexados às peças de informação.
        § 4o Deixando o Conselho Superior ou a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público de homologar a promoção de arquivamento, será designado outro membro do Ministério Público para o ajuizamento da ação.
TÍTULO VI
Dos Crimes

CAPÍTULO I
Disposições Gerais

        Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985.
        Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)
CAPÍTULO II
Dos Crimes em Espécie

        Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada, não se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Código Penal.
        Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
        Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
        § 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.
        § 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.
        Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
        Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
        Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
        Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
        Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
        § 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
        Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
        § 2o Se resulta a morte:
        Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
        Art. 100. Constitui crime punível com reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa:
        I – obstar o acesso de alguém a qualquer cargo público por motivo de idade;
        II – negar a alguém, por motivo de idade, emprego ou trabalho;
        III – recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestar assistência à saúde, sem justa causa, a pessoa idosa;
        IV – deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei;
        V – recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministério Público.
        Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execução de ordem judicial expedida nas ações em que for parte ou interveniente o idoso:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
        Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
        Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
        Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanência do idoso, como abrigado, por recusa deste em outorgar procuração à entidade de atendimento:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
        Art. 104. Reter o cartão magnético de conta bancária relativa a benefícios, proventos ou pensão do idoso, bem como qualquer outro documento com objetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dívida:
        Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa.
        Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicação, informações ou imagens depreciativas ou injuriosas à pessoa do idoso:
        Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.
        Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgar procuração para fins de administração de bens ou deles dispor livremente:
        Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
        Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgar procuração:
        Pena – reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
        Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento de seus atos, sem a devida representação legal:
        Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.
TÍTULO VII
Disposições Finais e Transitórias

        Art. 109. Impedir ou embaraçar ato do representante do Ministério Público ou de qualquer outro agente fiscalizador:
        Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
      Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal, passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 61. ............................................................................
............................................................................
II - ............................................................................
............................................................................
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
............................................................................." (NR)
"Art. 121. ............................................................................
............................................................................
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
............................................................................." (NR)
"Art. 133. ............................................................................
............................................................................
§ 3o ............................................................................
............................................................................
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
"Art. 140. ............................................................................
............................................................................
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
............................................................................ (NR)
"Art. 141. ............................................................................
............................................................................
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
............................................................................." (NR)
"Art. 148. ............................................................................
............................................................................
§ 1o............................................................................
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente ou maior de 60 (sessenta) anos.
............................................................................" (NR)
"Art. 159............................................................................
............................................................................
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
............................................................................" (NR)
"Art. 183............................................................................
............................................................................
III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos." (NR)
"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo:
............................................................................" (NR)
       Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei no 3.688, de 3 de outubro de 1941, Lei das Contravenções Penais, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:
"Art. 21............................................................................
............................................................................
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos." (NR)
       Art. 112. O inciso II do § 4o do art. 1o da Lei no 9.455, de 7 de abril de 1997, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 1o ............................................................................
............................................................................
§ 4o ............................................................................
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;
............................................................................" (NR)
       Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei no 6.368, de 21 de outubro de 1976, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 18............................................................................
............................................................................
III – se qualquer deles decorrer de associação ou visar a menores de 21 (vinte e um) anos ou a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou a quem tenha, por qualquer causa, diminuída ou suprimida a capacidade de discernimento ou de autodeterminação:
............................................................................" (NR)
        Art. 114. O art 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:


"Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão atendimento prioritário, nos termos desta Lei." (NR)
        Art. 115. O Orçamento da Seguridade Social destinará ao Fundo Nacional de Assistência Social, até que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursos necessários, em cada exercício financeiro, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso.
        Art. 116. Serão incluídos nos censos demográficos dados relativos à população idosa do País.
        Art. 117. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei revendo os critérios de concessão do Benefício de Prestação Continuada previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, de forma a garantir que o acesso ao direito seja condizente com o estágio de desenvolvimento sócio-econômico alcançado pelo País.
       Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da sua publicação, ressalvado o disposto no caput do art. 36, que vigorará a partir de 1o de janeiro de 2004.
        Brasília, 1o de outubro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Márcio Thomaz Bastos
Antonio Palocci Filho
Rubem Fonseca Filho
Humberto Sérgio Costa LIma
Guido Mantega
Ricardo José Ribeiro Berzoini
Benedita Souza da Silva Sampaio
Álvaro Augusto Ribeiro Costa
Este texto não substitui o publicado no DOU de 3.10.2003