#DiaDaAlimentação #Nutrição #Alimentação #AlimentaçãoViva #Saúde #FAO #AgriculturaFamiliar #AlimentosOrgânicos #FeirasOrgânicas #HortasUrbanas #HortasComunitárias #SegurançaAlimentar #SaúdePública #Comida #MultiMistura #Farinata #Clima #Migrações #AlimentoVivo #GrupoDoBemEstarEdaFelicidade - No dia 16 de outubro de cada ano, comemora-se o dia da Alimentação. Em 2017, a FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura propõe o tema "Mude o futuro da Migração. Investir na Segurança Alimentar e no Desenvolvimento rural." Dia 16 de outubro de 1981 é a data de fundação da FAO. Na sede da FAO, o papa da Igreja Católica Francisco I, disse que qualquer abordagem séria para a erradicação da fome e da insegurança alimentar tem que enfrentar as questões dos conflitos e das migrações, além da questão climática. Francisco I aproveitou para criticar o boicote dos Estados Unidos sob liderança de Donald Trump ao Acordo de Paris, assinado em 2016, que compromete os países desenvolvidos e em desenvolvimento a diminuirem suas emissões de carbono nas próximas décadas, com o intuito de desacelerar o aquecimento global.O Papa Francisco presenteou a FAO com uma estátua do menino sírio de 3 anos, Aylan Kurdi, que morreu afogado em setembro de 2015, numa tentativa desesperada de sua família de fugir do conflito na Síria e obter refúgio na Europa.A FAO trabalha com um indicador para avaliar a prevalência de Subalimentação, o chamado Mapa da Fome, que lista países em que pelo menos 5 % de sua população ingere menos que o mínimo recomendável de nutrientes e calorias que o necessário. O Brasil saiu deste Mapa da Fome em 2013 ano em que cerca de 3% estavam abaixo dos limites adequados de ingestão nutricional. Mas segundo pesquisadores, o Brasil corre o risco de retornar a listagem, em virtude da crise econômica, desemprego e cortes em programas sociais, além das mudanças climáticas.O Brasil vem passando por rápida transição nutricional, demográfica e epidemiológica, trocando um quadro marcado por desnutrição, população jovem e doenças infecto-contagiosas por obesidade, população mais envelhecida e doenças crônicas não transmissíveis. Assim, já em 2008, o país apresentava mais de 50% de sua população acima do peso. Entretanto, persistem bolsões de desnutrição entre população mais carentes em grandes centros urbanos, na região norte, entre quilombolas, indígenas e participantes de programas de transferência de renda, que por sua vez, vem sofrendo cortes, nos últimos anos. Na década de 70 do século 20 no Brasil, a pediatra e nutróloga Clara Terko Takaki Brandão, ao se deparar com um contingente grande de desnutridos no Pará organizou comunidades para produzirem a MultiMistura, pó realizado com a trituração de alimentos como farelo de arroz e de trigo, pó de sementes como gergelim e pó de folhas verde escuras como a mandioca, com a opção de adição da casca de ovo, que servia como complemento nutricional. Diante do sucesso na reversão de anemia e desnutrição, a MultiMistura foi adota pela Pastoral da Criança, braço social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), sob comando da pediatra Zilda Arns, falecida em terremoto no Haiti, em 2010. Desde final da década de 90, a Pastoral da Criança, agora liderada pelo filho de Zilda Arns, o também médico Nelson Arns, passou a não mais recomendar a Multimistura, assim como o Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Nutricionistas, e a Sociedade Brasileira de Pediatria que desfiaram uma série de críticas à MultiMistura como falta de higiene e toxicidade, todas rebatidas pelos produtores e usuários. Os defensores da MultiMistura apontam como causa da perseguição à MultiMistura o lobby da indústria farmacêutica e Alimentícia que em 2003, mesmo ano em que as Unidades Básicas de Saúde passaram a produzir a MultiMistura, passaram a doar para o Programa Fome Zero do Governo Federal,sob liderança do ex-presidente Lula(PT-SP). A Pastoral da Criança Rebate as denúncias afirmando que a tônica de seu trabalho em segurança alimentar é fomentar a agricultura familiar, a implantação de hortas caseiras e a educação de hábitos de alimentação saudável entre as comunidades carentes.No Brasil, em 1993, foi fundada pelo sociológo Herbert de Souza, o Betinho, a Organização Não Governamental Ação Cidadania contra a Fome, a Miséria, pela Vida com atuação de comitês locais voluntários. Em 2007 foi a realizada a última campanha Natal sem Fome pela organização. Em 2017, diante dos retrocessos na segurança alimentar, a Ação Cidadania contra a Fome, a Miséria, pela Vida volta a organizar a campanha. Doações podem ser feitas no site www.natalsemfome.org.brNo dia 18 de outubro de 2017, o prefeito da cidade de São Paulo, João Dória Jr.(PSDB-SP), virtual pré candidato a presidência da República em 2018(desafiando a liderança natural dentro de seu partido e seu fiador e padrinho o governador do estado de SP, Geraldo Alckmin), anunciou em evento ao lado do arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, que pretende adicionar granulado confeccionado por alimentos próximos ao prazo de validade liofilizados, denominado farinata, à merenda escolar. Este composto seria produzido pela plataforma Sinergia, pretensamente sem custo à Prefeitura de São Paulo, e toda matéria prima seria doada por empresas privadas. Após o anúncio do produto pelo prefeito Doria em suas redes sociais, houve intensa reação negativa por parte do Conselho Regional de Nutrição e de chefes de cozinha, que argumentaram que suplementos ou complementos nutricionais não devem substituir alimentos in natura e que alimentação deve ser prazeirosa. A Plataforma Sinergia é presidida por Rosana Perroti e participou ao lado da Secretaria Estadual de Agricultura e a Abastecimento de São Paulo, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Cidade de SP, da Secretaria do Governo do Estado de SP, da Secretaria do Conselho de Segurança Alimentar do Estado de SP, e do Tribunal Regional Federal de Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo entitulada "Função Social do Alimento e Erradicação da Fome". Na apresentação da Farinata pelo prefeito Doria, foi publicizado o projeto de lei 550/2016 do vereador Gilberto Natalini(PV-SP) que virou lei 16.704 que estabelece a possibilidade de doação de alimentos que seriam descartados para a produção do complemento alimentar. A Secretária Municipal dos Direitos Humanos da cidade de São Paulo, Eloísa Arruda, disse que está sendo feito o inventário das carências nutricionais da população de São Paulo. Dom Odilo Scherer diz que a farinata não é idéia do prefeito e que o apoio da Igreja Católica ao projeto Alimento para todos acontece desde 2013. Segundo a Nutricionista Vivian Zollar, da Câmara Técnica do Conselho Regional de Nutrição, a obesidade é o maior problema nutricional da cidade de São Paulo e casos pontuais de desnutrição e anemia deveriam ser combatidos com comida de verdade. Zollar afirma que há recomendações da Organização Mundial de Saúde para promoção de acesso a alimentos in natura, presentes também no Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde.Para Zollar, a distribuição da farinata aos mais pobres pode ampliar a desigualdade..

No dia 16 de outubro de cada ano, comemora-se o dia da Alimentação. Em 2017, a FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura propõe o tema "Mude o futuro da Migração. Investir na Segurança Alimentar e no Desenvolvimento rural." Dia 16 de outubro de 1981 é a data de fundação da FAO.

 foto:Arquivo GBE


Na sede da FAO, o papa da Igreja Católica Francisco I, disse que qualquer abordagem séria para a erradicação da fome e da insegurança alimentar tem que enfrentar as questões dos conflitos e das migrações, além da questão climática. Francisco I aproveitou para criticar o boicote dos Estados Unidos sob liderança de Donald Trump ao Acordo de Paris, assinado em 2016, que compromete os países desenvolvidos e em desenvolvimento a diminuirem suas emissões de carbono nas próximas décadas, com o intuito de desacelerar o aquecimento global.O Papa Francisco presenteou a FAO com uma estátua do menino sírio de 3 anos, Aylan Kurdi, que morreu afogado em setembro de 2015, numa tentativa desesperada de sua família de fugir do conflito na Síria e obter refúgio na Europa.

 foto:Reprodução Internet
 foto:Reprodução Internet


A FAO trabalha com um indicador para avaliar a prevalência de Subalimentação, o chamado Mapa da Fome, que lista países em que pelo menos 5 % de sua população ingere menos que o mínimo recomendável de nutrientes e calorias que o necessário. O Brasil saiu deste Mapa da Fome em 2013 ano em que cerca de 3% estavam abaixo dos limites adequados de ingestão nutricional. Mas segundo pesquisadores, o Brasil corre o risco de retornar a listagem, em virtude da crise econômica, desemprego e cortes em programas sociais, além das mudanças climáticas.



O Brasil vem passando por rápida transição nutricional, demográfica e epidemiológica, trocando um quadro marcado por desnutrição, população jovem e doenças infecto-contagiosas por obesidade, população mais envelhecida e doenças crônicas não transmissíveis. Assim, já em 2008, o país apresentava mais de 50% de sua população acima do peso. Entretanto, persistem bolsões de desnutrição entre população mais carentes em grandes centros urbanos, na região norte, entre quilombolas, indígenas e participantes de programas de transferência de renda, que por sua vez, vem sofrendo cortes, nos últimos anos.

Na década de 70 do século 20 no Brasil, a pediatra e nutróloga Clara Terko Takaki Brandão, ao se deparar com um contingente grande de desnutridos no Pará organizou comunidades para produzirem a MultiMistura, pó realizado com a trituração de alimentos como farelo de arroz e de trigo, pó de sementes como gergelim e pó de folhas verde escuras como a mandioca, com a opção de adição da casca de ovo, que servia como complemento nutricional. Diante do sucesso na reversão de anemia e desnutrição, a MultiMistura foi adota pela Pastoral da Criança, braço social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), sob comando da pediatra Zilda Arns, falecida em terremoto no Haiti, em 2010. Desde  final da década de 90, a Pastoral da Criança, agora liderada pelo filho de Zilda Arns, o também médico Nelson Arns, passou a não mais recomendar a Multimistura, assim como o Ministério da Saúde, o Conselho Federal de Nutricionistas, e a Sociedade Brasileira de Pediatria que desfiaram uma série de críticas à MultiMistura como falta de higiene e toxicidade, todas rebatidas pelos produtores e usuários. Os defensores da MultiMistura apontam como causa da perseguição à MultiMistura o lobby da indústria farmacêutica e Alimentícia que em 2003, mesmo ano em que as Unidades Básicas de Saúde começaram a produzir a MultiMistura, passou a doar para o Programa Fome Zero do Governo Federal,sob liderança do ex-presidente Lula(PT-SP). A Pastoral da Saúde Rebate as denúncias afirmando que  a tônica de seu trabalho em segurança alimentar é fomentar a agricultura familiar, a implantação de hortas caseiras e a educação de hábitos de alimentação saudável entre as comunidades carentes.







No Brasil, em 1993, foi fundada pelo sociológo Herbert de Souza, o Betinho, a Organização Não Governamental Ação Cidadania contra a Fome, a Miséria, pela Vida com atuação de comitês locais voluntários. Em 2007 foi a realizada a última campanha Natal sem Fome pela organização. Em 2017, diante dos retrocessos na segurança alimentar, a Ação Cidadania contra a Fome, a Miséria, pela Vida volta a organizar a campanha. Doações podem ser feitas no site www.natalsemfome.org.br



foto:Sociólogo Betinho/Reprodução Internet

foto:Reprodução Internet

No dia 18 de outubro de 2017, o prefeito da cidade de São Paulo, João Dória Jr.(PSDB-SP), virtual pré candidato a presidência da República em 2018(desafiando a liderança natural dentro de seu partido e seu fiador e padrinho o governador do estado de SP, Geraldo Alckmin), anunciou em evento ao lado do arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, que pretende adicionar granulado confeccionado por alimentos próximos ao prazo de validade liofilizados, denominado farinata, à merenda escolar. Este composto seria produzido pela plataforma Sinergia, pretensamente sem custo à Prefeitura de São Paulo, e toda matéria prima seria doada por empresas privadas. Após o anúncio do produto pelo prefeito Doria em suas redes sociais, houve intensa reação negativa por parte do Conselho Regional de Nutrição e de chefes de cozinha, que argumentaram que suplementos ou complementos nutricionais não devem substituir alimentos in natura e que alimentação deve ser prazeirosa. A Plataforma Sinergia é presidida por Rosana Perroti e participou ao lado da Secretaria Estadual de Agricultura e a Abastecimento de São Paulo, da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Cidade de SP, da Secretaria do Governo do Estado de SP, da Secretaria do Conselho de Segurança Alimentar do Estado de SP, e do Tribunal Regional Federal de Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo entitulada "Função Social do Alimento e Erradicação da Fome". Na apresentação da Farinata pelo prefeito Doria, foi publicizado o projeto de lei 550/2016 do vereador Gilberto Natalini(PV-SP) que virou lei 16.704 que estabelece a possibilidade de doação de alimentos que seriam descartados para a produção do complemento alimentar. A Secretária Municipal dos Direitos Humanos da cidade de São Paulo, Eloísa Arruda, disse que está sendo feito o inventário das carências nutricionais da população de São Paulo. Dom Odilo Scherer diz que a farinata não é idéia do prefeito e que o apoio da Igreja Católica ao projeto Alimento para todos acontece desde 2013. Segundo a Nutricionista Vivian Zollar, da Câmara Técnica do Conselho Regional de Nutrição, a obesidade é o maior problema nutricional da cidade de São Paulo e casos pontuais de desnutrição e anemia deveriam ser combatidos com comida de verdade. Zollar afirma que há recomendações da Organização Mundial de Saúde para promoção de acesso a alimentos in natura, presentes também no Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde.Para Zollar, a distribuição da farinata aos mais pobres pode ampliar a desigualdade.

foto:Reprodução Internet



O Grupo do Bem Estar e da Felicidade defende a valorização da agricultura familiar com produção de alimentos orgânicos sem agrotóxicos, a implantação de feiras orgânicas diurnas e noturnas em terminais de ônibus, estações de trens e metrô, praças e parques, escolas e unidades de Saúde, a implantação de rede de restaurantes populares com adoção de cardápios realizados a partir dos alimentos produzidos pelas hortas comunitárias orgânicas e pela rede de agricultores familiares urbanos a partir de regiões como Parelheiros, bem como merenda escolar rica em frutas, legumes, verduras orgânicas, arroz integral, feijões, lentilhas, nozes e castanhas e Plantas Alimentares Não Convencionais(PANCs). A  inclusão da Alimentação Viva também é fortemente sugerida pelo Grupo do Bem Estar e da Felicidade como estratégia de combate à fome, à desnutrição, à anemia, a obesidade e outros distúrbios metabólicos nutricionais.

 foto:Arquivo GBE
arquivo GBE