No dia 10 de março de 2025, houve a posse de dois novos ministros estratégicos do governo Lula 3.0 de olho em potencial reeleição em 2026. Sai Nísia Trindade, entra Alexandre Padilha na Saúde. Saí Alexandre Padilha, entra Gleisi Hoffmann Nas Relações Institucionais, responsavel pelo diálogo com STF, Congresso...
Durante o discurso de posse, Gleisi Hoffmann tirou a fantasia de artilheira do fogo amigo do governo Lula e fez acenos em direção a Fernando Haddad, ministro da Fazenda e muito criticado por ela em relação ao arcabouço fiscal, e a Alexandre Moraes, pela defesa da democracia e pelo enfrentamento das redes sociais estrangeiras como Rumble e X.Já Padilha em seu discurso de posse, enfatizou a melhora do atendimento das especialidades no SUS, o combate à Dengue, o avanço do Plano Nacional de Imunizações e o reajuste da tabela SUS e da carreira dos servidores, com enfase nos especialistas, mais escassos no sistema público de saúde. A Mídia já questiona conflito de interesse com a posição do novo ministro da Saúde que já exerceu essa função no Governo Dilma e que já foi secretário municipal de saúde durante a gestão Haddad à frente da Prefeitura de SP, com o papel de presidente de honra da Associação China Hub Brasil, entidade que se diz sem fins lucrativos e que será lançada oficialmente em 14 de março de 2025 em São Paulo, sendo financiada por empresas chinesas de grande porte com interesses na área da saúde como Mindray(equipamentos médicos), Tegma(logística e mobilidade farmacêutica)Alper Seguros(planos de saúde e odontologia e plataformas tecnologicas em saúde), Bank of China(financiamento industria farmaceutica chinesa), Huawey(digitalização da Saúde e tecnologia de hospitais e sistemas de saúde). O Conselhão, Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social órgao consultivo da sociedade civil, movimentos sociais e personalidades comandado por Padilha, também apoia o evento de lançamento da China Bub Brasil.Padilha consultou o Comite de Ética Pública, ainda como Ministro das Relações Institucionais, em 6 de fevereiro de 2025, pra averiguar algum entrave para ser presidente de honra da Associação China Hub Brasil e recebeu sinalização favorável.A assessoria de Padilha afirmou que o mesmo não terá cargo de gestão nem receberá rendimento pelo trabalho na Associação China Hub Brasil. O presidente da Comissão de Ética Pública disse que o evento de lançamento da China Hub Brasil com a presença do agora ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em 14 de março, com o financiamento e suporte de várias empresas chinesas que já dialogavam com Padilha na condição de Ministro das Relaçoes Institucionais, não era de seu conhecimento e que poderá provocar reavaliação do caso.A Lei de Conflito de Interesses 12.813/2013 veda a participação de servidores públicos do governo em empresas que tenham quaisquer relações de interesse com as repartições ou pastas governamentais em que operem os referidos agentes públicos.O Presidente da Associaçao China Hub Brasil é o empresário YouYang Jiang, também secretário geral de outra entidade lobby chines, Associação Chinesa do Brasil, já recebido em gabinete pelo então Ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, tendo comparecido na sua posse.Em sua primeira passagem pelo Ministério da Saúde Padilha emplacou o programa Mais Médicos, com a entrada médicos cubanos no Brasil, sem revalidação de diploma de Medicina, pra atuarem em municípios com precariedade do SUS.O PT, presidido até aqui por Gleisi Hoffman, está rachado na disputa pela presidencia do PT que ocorrerá em julho de 2025. De um lado, o grupo comandado por Gleisi Hoffmann, de outro lado, o grupo comandado por Lula, Haddad, Jaques Wagner, Camilo Santana, Zé Dirceu que apoiam a candidatura do prefeito de Araraquara Edinho Silva,nome vetado por Gleisi Hoffmann.
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No dia 28 de fevereiro de 2025, o presidente Lula decidiu pelo nome da deputada federal Gleisi Hoffman(PT-PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores desde 2017, ex-presidente da UNE, ex senadora pelo Paraná, Ministra da Casa Civil durante o governo Dilma, amiga pessoal de Lula e fiel defensora do PT e de Lula durante a pior fase da agremiação do ABC paulista, durante e após o impeachment de Dilma, a eleição de Bolsonaro em 2018, a prisão de Lula pela operação Lava Jato por mais de 500 dias. Gleisi era o nome preferido de Lula, apesar das pressoes do ministro da Fazenda Fernando Haddad(PT-SP), desafeto de Gleisi, do centrão, que preferia o nome de Isnaldo Bulhões(MDB).Para os detratores de Gleisi, sua assunção à articulação política do governo Lula 3.0, representa a radicalização, ao fracasso do arcabouço fiscal, ao aumento da inflação no bojo do aumento dos gastos públicos com vistas à reeleição de Lula em 2026 e a recuperação da popularidade de Lula, atualmente em baixa. Gleisi ocupará a vaga aberta pela nomeação do médico infectologia Alexandre Padilha pro Ministério da Saúde no lugar da socióloga Nísia Trindade, demitida por baixo desempenho.A Ida de Gleisi Hoffman pra cozinha do Palácio do Planalto,abre caminho pra que o favorito de Lula à liderança do PT, Edinho Silva(PT-SP), possa comandar a agremiação oriunda de São Bernardo do Campo.
Depois de uma longa fritura feita por integrantes do próprio governo e do Congresso Nacional, que a acusavam de ser inábil do ponto de vista político, a socióloga Nísia Trindade, Ministra da Saúde, foi demitida por Lula e será substituída por Alexandre Padilha(PT-SP), médico infectologista da Unicamp, que já foi ministro da Saúde durante o governo Dilma Roussef(PT-MG) e deputado federal.Padilha era o Ministro das Relações Institucionais e cuidava da interlocução com o Congresso Nacional, O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira(PP-AL), era desafeto de Padilha. O atual presidente da Cãmara, Hugo Motta(Republicanos-PB) é sucessor de Lira e deve a ele boa parte de seus votos para se eleger o líder mais jovem da Cãmara, assim como ao governo Lula.Lula deve indicar alguma liderança do chamado centrão, pra o cargo que será desocupado por Padilha, como Isnaldo Bulhões(MDB-AL) ou Silvio Costa Filho(MDB-PE).A reforma ministerial indica uma guinada populista do governo Lula e uma tentativa de faturar a reeleiçao e alavancar a recuperação da popularidade do presidente Lula que está em queda livre.
