Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP) revelou que substâncias da casca da árvore brasileira Corticeira, também conhecida como Eritrina e Suinã, podem ajudar a combater a ansiedade sem prejudicar a memória como os medicamentos ansiolíticos mais utilizados como os benzoadizepínicos(diazepan, clonazepan).
foto:Erytrina Falcata(Corticeira da Serra)-reprodução Internet
A importância desta pesquisa é que a Ansiedade é um transtorno que afeta 322 milhões de pessoas no mundo e no Brasil, estima-se que 10% da população, ou seja, algo em torno de 20 milhões de pessoas estejam enfrentando algum tipo de transtorno de ansiedade que pode ser percebido pelo surgimento de distúrbios do sono, distúrbios alimentares, dores no corpo todo ou em partes específicas, gastrite, asma, alergias, palpitações(taquicardia), desconforto respiratório(taquipnéia), síndrome paranóide entre outras manifestações.
foto:reprodução Internet
A pesquisa foi conduzida pela biólogada UNIFESP Suzete Maria Cerutti e foi publicada no European Journal of Pharmacology.Suzete iniciou esta pesquisa em 2000, quando extraiu os primeiros extratos de corticeira(Erytrina Falcata) para avaliar sua ação sobre a ansiedade e a memória.
foto:Etnia Indígena Tupinambá protesta em defesa da Demarcação das Terras Indígenas na Avenida Paulista em SP/Mídia Ninja
A sabedoria indígena ancestral utiliza a árvore para finalidades similares. Cerutti alertou, em sua pesquisa, que os calmantes tradicionais, como benzodiazepínicos, uma das classes farmacológicas mais prescritas pelos profissionais médicos e mais vendidas pelas farmácias no mundo todo, ligam-se a receptores do neurotransmissor GABA(Ácido Gama Amino Butírico), o que prejudicaria a memória. Já os compostos flavonóides da corticeira, o Isovitexin e o 6 C- glicosídeo- diosmetina também possuiriam conexão com o GABA, mas com muito menos avidez e força, o que seria suficiente para combater a ansiedade sem comprometer tanto a memória dos pacientes.
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A Eritrina, Suinã ou Corticeira é árvore ornamental, que pode chegar a 25 metros de altura e encontrada em boa parte do Brasil.
A Pesquisa agora encontra-se na fase de prospecção de parceria com indústria farmacêutica que se interesse em transformar o achado científico em medicamento a ser comercializado. Os pesquisadores querem saber se a eritrina melhoraria a ansiedade e memória de pacientes com Demência de Alzheimer.
fotos:Arquivo GBE
O Grupo do Bem Estar e da Felicidade, coletivo que atua, há 20 anos, na busca da síntese entre Ciência, Arte, Espiritualidade e Cidadania, recomenda a consulta médica e psicoterapia antes de qualquer uso de medicação e alerta que a ansiedade e outros transtornos podem ser combatidos por um estilo de vida saudável composto por alimentação adequada, sono regular, atividade física diária, evitação de vícios como alcoolismo e tabagismo e outras drogas ilícitas, cultivo espiritual ou religioso, convívio social e familiar harmonioso, vida afetiva e sexual cuidada , realização profissional e trabalho artístico e comunitário.