No dia 2 de dezembro de 2023, o bairro de Mutange, em Maceió, capital do estado nordestino de Alagoas,sofreu novo abalo sísmico , de intensidade 0,89, maior que o ocorrido no dia anterior, de 0,39 de intensidade. A Velocidade de colapso do solo, no entanto, diminuiu, segundo a Defesa Civil. A Responsabilidade pelo Crime e Desastre Socio Ambiental é da Braskem , dona de 35 minas de exploração de Sal Gema na região, todas já fechadas em decorrência da movimentação do solo. A Braskem, por sua vez , é petroquímica multinacional, e tem como seus maiores acionistas a Novonor(antiga Odebrecht) e a Petrobrás. Mais de 60 mil pessoas tiveram que deixar suas residências.
A Capital do estado brasileiro de Alagoas, Maceió, vive, em 2023, a ameaça iminente de colapso de pelo menos 5 bairros de seu perímetro urbano, por conta de crime socioambiental cometido pela empresa petroquímica Braskem, responsável pela exploração de minérios em diversas minas espalhadas pela cidade, com a finalidade de obtenção de sal-gema, cloreto de sódio, usado na produção de soda cáustica e cloreto de vinila.
O Solo da mina 18 da Braskem, uma das 35 que a empresa explora em Maceió, esta cedendo a uma velocidade de 62 centímetros por dia, segundo a defesa civil da cidade. No pior cenário, o colapso da mina 18 da Braskem em Maceió pode gerar uma cratera de 304 metros de diâmetro, o que poderia afetar a Lagoa Mundaú, que, por enquanto, ainda está intacta, apesar de isolada.
Os primeiros indícios do problema aconteceram em 2018 com rachaduras em milhares de imoveis e com o deslocamento de pelo menos 55 mil pessoas ao longo desses 5 anos.
O Bairro do Mutange já havia sido completamente evacuado. Os Bairros Bom Parto, Bebedouro, Farol e Pinheiro foram também afetados e muitos moradores já sairam de suas casas espontaneamente, com medo de potencial colapso e risco de morte.
200 mil pessoas já foram prejudicadas, desde 2018. Uma parte delas foi indenizada pela Braskem.
A Braskem utiliza a tecnologia de poço cavado em que injeta água nas minas para formação de salmoura e nova injeção de líquidos para estabilização do solo. Mas parece que este processo é bem pouco preciso e nada seguro.A empresa afirma que monitora o deslocamento do solo da região da Mina 18 e que toma as medidas cabíveis para atenuar prejuízos socio ambientais.
A Braskem é empresa multinacional, com atuação no México, Brasil, Alemanha e EUA e é formada pela Novonor(ex-Odebrecht) e Petrobrás e controla a antiga SalGema indústria quimica S/A.
Após as acusações feitas contra a Braskem e sua responsabilização pelo colapso do bairro do Mutange em Maceió, a Braskem encerrou a exploração das minas de Sal Gema, em maio de 2019 e começou a fechar todas as 35 minas.
Em 29 de novembro de 2013, a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência e a Defesa Civil alertou todas as pessoas para evitarem circular pelo bairro do Mutange e pela lagoa Mundaú que deve ser aspirada para dentro da cratera resultante do colapso da mina 18 da Braskem.
Absurdo que se repete depois dos crimes da Vale em Mariana(2015) e Brumadinho(2019); Ministério das Minas e Energia deveria monitorar e evitar crimes socioambientais como esses, que são tragédias anunciadas, já que existem mais de 5 mil barragens e minas alagadas com risco de colapso no Brasil.
fotos:Reprodução INternet
arquivo GBE
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