foto: Alexis Tsipras, do SYRIZA, premiê grego eleito em 25/1/15/Gazeta do Rossio
Fundada em 2004 como uma coalizão de 13 grupos e movimentos que congregam maoístas, trotskistas, comunistas, ambientalistas, social-democratas e populistas de esquerda só conseguiu aumentar sua força nos últimos 5 anos, na esteira da grave crise econômica que se abateu sobre a Grécia. Até 2012, amealhava apenas 5 % dos votos válidos.
Desde 2010, a Grécia, sob Liderança do premiê Antonis Samaras, do Partido Nova Democracia, vinha implementando "Pacote de Austeridade" recheado por aumento de impostos, corte nos gastos públicos em áreas sociais. O receituário havia sido prescrito pela União Européia, pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Central Europeu.
foto: Antonis Samaras, premiê grego derrotado/oinsurgente.org
Samaras reconheceu a derrota de seu partido e desejou boa sorte ao novo premiê Grego eleito Alexis Tsipras, do SYRIZA. Jovem(40 anos) e Carismático, Tsipras assumiu a liderança do SYRIZA em 2008 e foi eleito para o parlamento grego em 2009. Em 2012, o SYRIZA, abocanhou 27% dos votos e este êxito também foi explicado pela atuação de Alexis Tsipras, detentor de oratória contagiante e contundente.
O SYRIZA escolheu a Agremiação GREGOS INDEPENDENTES do líder Panos Kammenos como aliado para poder ter maioria absoluta no Parlamento Grego. Kammenos é uma dissidência da Nova Democracia desde 2012, após o acordo realizado pela Grécia para implementação de medidas de austeridade econômica prescritas pelo sistema financeiro internacional. Denúncias de antissemitismo recaem sobre Panos Kammenos em virtude de suas declarações sobre privilégios fiscais destinados à comunidade judaica na Grécia.Os Gregos Independentes atingiram 4,75% dos votos válidos e se constituiram apenas a Sexta Força Política Grega. Os GREGOS INDEPENDENTES e o SYRIZA concordam apenas no repúdio à Austeridade Econômica imposta pela União Européia para socorrer a Grécia. Nas demais questões apresentam divergências. A força que aparentava estar mais próxima ao SYRIZA para compor o governo era o To Potami, adversária frontal dos GREGOS INDEPENDENTES.
foto:Panos Kammenos, dos GREGOS INDEPENDENTES/ Agência Estado
foto:publico.pt
O SYRIZA se opõe às medidas de Austeridade Econômica prescritas pelo FMI e pela União Européia além de exigir Renegociação da Dívida Grega junto aos seus credores. Estas posições explícitas causam alvoroço no mercado financeiro internacional e impulsionam outros movimentos radicais como o PODEMOS, na Espanha e o BLOCO DA ESQUERDA, em Portugal.
A população grega manifestou a vontade de Mudar e de Resistir à Opressão Externa e sinalizou que não tinha mais nada a perder. O desemprego atinge 25% da população grega neste início de 2015. Um terço dos gregos e gregas vivem abaixo da linha de pobreza e a maioria das pessoas não possui acesso à sistema de saúde adequado.
foto: Fila de Desempregados em Atenas, Grécia/Diariodaliberdade.org
As bolsas de valores ao redor do mundo abriram seus pregões em baixa. O Presidente do Banco Central Alemão, fiador dos acordos de resgate da economia grega condicionados pela adoção das medidas de austeridade econômica por parte do governo grego derrotado pelo SYRIZA, manifestou preocupação com a alternância do Poder na Grécia e reiterou a importância do cumprimento dos contratos entre Grécia e União Européia.
A União Européia teme que a vitória do SYRIZA estimula a fuga de países europeus da zona do euro. Um caso emblemático é o da Espanha, que terá eleições gerais no fim de 2015, e tem como favorito o PODEMOS, análogo espanhol do SYRIZA, adversário também das medidas de austeridade econômica.
Enquanto Isso:
Manifestações comemorativas do aniversário de 4 anos da Primavera Árabe eram brutalmente reprimidas no Egito.
foto:resgate de ferido no Cairo,25/01/15/AP
A Tensão se elevava no leste da Ucrânia em que a Rússia apóia separatistas.
O Estado Islâmico executava um cidadão japonês. O grupo Islâmico Radical Boko Haram avançava no controle de cidades da Nigéria.
O Movimento Passe Livre e o Movimento dos Trabalhadores sem Teto realizavam protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em SP.
foto: Terceiro Ato contra a Tarifa, RadialLeste, SP, 23/01/15 /Movimento Passe Livre
O Movimento Parque Augusta sem Prédios ocupava o terreno de 25 mil metros para exigir a implantação de mais uma área 100% verde no centro de SP.
foto:verão Parque Augusta,18/01/15/João Baptista Lago
Ativistas protestavam em frente à sede do Governo do Estado de SP contra a Falta de Transparência na Gestão da Crise Hídrica.
foto:Protesto contra a Falta de transparência da Gestão da Crise Hídrica em SP, 26/01/15/Metrojornal