A Revolução dos Cravos, acontecida em 25 de abril de 1974 em Portugal, encerrou a ditadura do Estado Novo e comandada por Antônio de Oliveira Salazar até 1968 e por Marcelo Caetano até 1974 e abriu caminho para a nova Constituição de 1976 de caráter democrático e socialista.Ficou conhecida como Revolução dos Cravos porque a população sublevada e defensora da queda do regime salazarista ofereceu as flores vermelhas aos soldados e capitães revoltosos que as colocaram nos canos de seus fuzis.O Salazarismo foi um período marcado pela ditadura fascista e pela manutenção das colônias ultramarinas.
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Esta revolução foi liderada pelo Movimento das Forças Armadas, composto hegemonicamente por capitães que haviam servido nas guerras coloniais na África.
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O Regime absolutista e violento do Estado Novo, marcado por repressão, censura e perseguição política isolou Portugal do resto da Europa durante os anos 60, marcados por intensa criatividade política e artística.No auge da Guerra Fria as nações desenvolvidas capitalistas e socialistas financiaram as guerrilhas independentistas na África e Ásia, o que obrigou Portugal a comprometer parte de sua economia com as guerras ultramarinas, empobrecendo os cidadãos e as cidadãs portuguesas.
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Em março de 1974, Marcelo Caetano é forçado pela velha guarda do regime Salazarista a destituir o general Antônio Spinola seus apoiadores no seio das Forças Armadas, o que gerou fortes contrariedades entre a média oficialidade portuguesa. Antônio Spínola havia publicado um opúsculo entitulado "Portugal e o Futuro" em que confessa a impossibilidade de solução militar exitosa para os conflitos ultramarinos e em que exorta um encaminhamento político para a questão.
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Em 28 de abril de 1974, Mário Soares, a maior liderança do Partido Socialista retorna do exílio na França e em 01 de maio de 1974 caminha com o maior líder do Partido Comunista Português Álvaro Cunhal, apesar das graves diferenças entre estes.
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Em 5 de março de 1974 os militares publicam e fazem circular clandestinamente o documento "Os Militares,as Forças Armadas e a Nação".No dia 24 de abril de 1974 a revolução tem início,com uma sucessão de ações militares concertadas deflagradas pelas canções "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho e "Grândola, Vila Morena", transmitidas por rádio e lideradas pelos capitães Vasco Lorenço, Otelo Saraiva de Carvalho e Garcia dos Santos.
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Após a ocupação do Terreiro do Paço, Marcelo Caetano se rende, pede que o poder seja transmitidio para Antônio Spínola, e pede asilo político ao Brasil. No Rescaldo dos confrontos, morrem 4 pessoas, assassinadas pela PIDE(Polícia Internacional de Defesa do Estado), órgão de repressão do Estado Novo.
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No dia 26 de abril de 1974, forma-se a Junta de Salvação Nacional, formada por militares,com a tarefa de realizar a transição política institucional e que prioriza os três Ds: Desmilitarizar, Descolonizar e Desenvolver. Ocorre a Extinção da Pide e da Censura.Os Sindicatos e os Partidos Políticos são permitidos.Os presos políticos são libertados.Os exilados políticos retornam a Portugal.Durante os dois anos seguintes acontecem turbulências provocadas pelos defensores da revolução e aqueles que desejam o retorno ao Estado Novo.As colônias africanas e o Timor Leste tornam-se independentes.Em 25 de abril de 1975, ocorrem eleições livres para Assembléia Constituinte, ganhas pelo Partido Socialista.A Constituição Parlamentarista Democrática de caráter socialista é aprovada em 1976 com boicote do Partido do Centro Democrático Social (CDS), partido conservador liberal formado também por integrantes do regime salazarista.
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Em 06 de novembro de 1975 houve o debate célebre entre o líder do Partido Socialista português Mário Soares e o líder do Partido Comunista Português Álvaro Cunhal em que Soares acusou Cunhal de querer implantar uma ditadura comunista em Portugal o que Cunhal negou.
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Em 25 de novembro de 1975 um tentativa de sublevação militar inspirada pela esquerda radical e provocada pela substituição do general Otelo Saraiva por Gaspar Lourenço na chefia do Comando operacional do Continente(COPCON) é abortada por grupos militares moderados liderados pelo General Ramalho Eanes.Vários atos violentos se sucedem comandados por militares radicais comunistas insatisfeitos com a guinada centro socialista da revolução.
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Forma-se o primeiro Governo Constitucional de Portugal com Mário Soares do Partido Socialista e o General Eanes das Forças Armadas em 23 de setembro de 1976, e daí para frente Portugal caminha em direção ao Mercado Comum Europeu e a União Européia em 1986, aumenta a atividade econômica e melhora indicadores sociais de Saúde e Educação Públicas, mas desaponta vários dos líderes socialistas portugueses que reclamam das desigualdades sociais ainda persistentes e da existência de 2 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
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