Crise Hídrica, Código Florestal, Parque Augusta Sem Prédios: Exibição do Filme A Lei da Água Grátis no Parque Augusta em 22/02/15, às 20 hs., seguida de debate sobre a Crise Hídrica

O Movimento Parque Augusta sem Prédios, convidou a população de São Paulo para a exibição Grátis do Filme "A Lei da Água", do Diretor André D'Elia, produção da O2 filmes, no dia 22 de fevereiro de 2015, no interior do Parque Augusta, à Rua Marquês de Paranaguá, esquina com Rua Augusta, centro de São Paulo.

A exibição da Lei da Água foi um sucesso e atraiu muitas pessoas ávidas por mais informações sobre a Crise Hídrica e suas relações com o Código Florestal e os Parques e Áreas de Preservação Permanente.

foto: Exibição de "A lei da Água" no Parque Augusta, em 22/02/13/crédito: Katherina Elias Trostfau

A Lei da Águaé um projeto audiovisual dedicado a esclarecer questões referentes às mudanças no Código Florestal Brasileiro. O filme contou com a colaboração de cientistas e parlamentares para integrar o Amicus curiae da Ação Direta de Inconstitucionalidade da lei N° 12651(Novo Código Florestal Brasileiro) no Supremo Tribunal Federal.

Veja o Trailer de "A Lei da Água", de André d'Elia:





Leia a íntegra da Lei federal 12.651, o Novo Código Florestal Brasileiro, que flexibilizou ainda mais o desmatamento das matas ciliares e das Áreas de Preservação Permanente e que foi publicado no Diário Oficial da União em 28 de maio de 2012, sob protestos dos movimentos ambientalistas, que pressionaram a presidenta Dilma Roussef a vetar, na íntegra, a lei 12.651:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm

Organizações militantes da defesa dos recursos naturais como SOS Mata Atlântica e Greenpeace, à época, criticaram a nova legislação que possibilitaria anistia a desmatadores e créditos a futuros destruidores da natureza. Defensores do Agronegócio respiraram aliviados com o não veto de Dilma Roussef ao Novo Código Florestal, já que, na prática, este atendeu aos interesses do setor, responsável pela maior parte do desmatamento no Brasil.

http://www.cartacapital.com.br/autores/sustentabilidade/ambientalistas-criticam-vetos-de-dilma-ao-codigo-florestal

A Presidenta Dilma e sua equipe ignoraram os múltiplos protestos e manifestações pelo país que exigiram o Veto ao Novo Código (Des)Florestal, que não aconteceu, apesar da proximidade da realização da cúpula internacional do meio ambiente, a Rio+20, ocorrida meses depois.



Foto: comflorestas.com.br


foto:em.com.br

Foto:loungeobviousmag.org

Foto:blogdoprofessorpardal.blogspot.com.br

O Parque Augusta é uma área de 24 mil metros quadrados, encravada no centro de São Paulo, em uma das regiões menos arborizadas da cidade, e com alta atividade de especulação Imobiliária. Há 40 anos a população paulistana impede qualquer tipo de construção no terreno e demanda a criação de um parque 100% público e 100% verde. Após 7 anos de tramitação na Câmara dos Vereadores de SP, o projeto de Lei 345/2006, foi aprovado em duas votações em 2013 e foi sancionado pelo Prefeito Fernando HADDAD no Natal deste mesmo ano, na forma de lei municipal 15.941.Em 2014, o Prefeito HADDAD disse que não haveria recursos para viabilizar o Parque Augusta sem Prédios. Em 09 de maio de 2014, o Prefeito HADDAD reuniu-se, com metade de seu secretariado, de forma discreta, sem a participação da população, com o dono da Construtora SETIN.O Movimento Parque Augusta sem Prédios realizou mobilizações populares de rua e ingressou com ação civil pública contra a construção de 3 prédios pelas construtoras Cyrela e Setin, no Ministério Público do Estado de SP no ano de 2014. Em 2015, o Conpresp aprovou o projeto de construção de prédios no Parque Augusta,sob protestos da população. Em 2015 também, o terreno do Parque Augusta que foi mantido fechado pelos proprietários entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2015, foi ocupado por ativistas que mantém uma vigília criativa, com a oferta de atividades autogestionadas gratuitas à população de São Paulo, como esta exibição do Filme A Lei da Água, no domingo, dia 22 de fevereiro de 2015, às 20 hs. O Ministério Público do Estado de SP assinou termo de compromisso entre bancos internacionais (que foram usados pela Gestão Paulo Maluf para desviar recursos públicos durante as obras da Antiga Avenida Águas Espraiadas) e a Prefeitura de São Paulo, direcionando o pagamento de indenização milionária(R$ 120 milhões) para a desapropriação do terreno do Parque Augusta. Uma parte do Movimento deseja que o Parque Augusta seja viabilizado sem desapropriação, através da inviabilização da construção dos prédios pela Secretaria Municipal de Licenciamentos e através da anulação da ordem de reintegração de posse do terreno marcada para 04 de março de 2015.

Conheça a Luta do Parque Augusta sem Prédios:




Histórico da Luta do Parque Augusta sem Prédios no Wikipedia:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Augusta

Leia a Carta Aberta do Organismo Parque Augusta Sem Prédios à Sociedade, à Prefeitura de São Paulo e ao Ministério Público do Estado de São Paulo:

http://www.parqueaugusta.cc/ja/carta-aberta-a-sociedade-civil-prefeitura-e-ministerio-publico/

foto: cartaz Cláudia Medeiros/Organismo Parque Augusta-lembrete do número de dias para a data prevista para a reintegração de posse do terreno do Parque Augusta, 04 de março de 2015. O Parque Augusta foi ocupado por ativistas em 13 de fevereiro de 2015.