O Centro de Referência e Defesa da Diversidade(CRD) da cidade de São Paulo vai fechar as portas em 01 de julho de 2019 por determinação da gestão Bruno Covas(PSDB-SP) após comunicado da Secretaria de Desenvolvimento Social que informou que a Secretaria de Direitos Humanos teria serviços análogos para atender a população usuária do Centro de Referência e Defesa da Diversidade, como os Centros de Cidadania LGBTI+.
O Centro de Referência e Defesa da Diversidade(CRD) foi criado em 2008 durante a gestão do Secretário Municipal de Assistência Social Floriano Pesaro(PSDB-SP) e do prefeito Gilberto Kassab(PSD-SP), para atender preferencialmente a comunidade LGBT da região central de São Paulo, com foco em travestis, transexuais, moradores em situação de rua e vítimas de violência e agressão.
foto:Bianca Bezerra
O CRD atendia mensalmente cerca de mil pessoas e oferecia cursos profissionalizantes, atendimento jurídico além de oficinas de conscientização sobre direitos e atividades de reinserção social.O CRD era gerenciado pelo Organização Não Governamental Grupo Pela Vidda com contrato emergencial já que, em dezembro de 2018, a licitação mais recente havia sido ganha pela Casa de Apoio Brenda Lee que não conseguiu apresentar as documentações exigidas pela Secretaria de Assistência Social e pela Prefeitura de São Paulo.
foto:Bianca Bezerra
O CRD contava com orçamento anual de R$ 1,1 milhão repassados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social à ONG Grupo pela Vidda.A Prefeitura de SP havia promovido cortes no orçamento da pasta de Desenvolvimento Social de cerca de R$ 200 milhões no início de 2019 e congelamento nos repasses às entidades conveniadas.
A Prefeitura de SP e a Secretaria do Desenvolvimento Social afirmou em nota que o público atendido pelo Centro de Referência e Defesa da Diversidade será atendido pelo serviços da Secretaria dos Direitos Humanos.A Decisão da Secretaria do Desenvolvimento Social de fechar o Centro de Referência e Defesa da Diversidade prejudica a promoção da Cidadania e da Saúde Pública uma vez que a localização geográfica da Unidade é em região histórica e tradicionalmente ocupada e frequentada pela comunidade LGBTI+ mais vulnerável às DSTs e à Violência.
foto:Bianca Bezerra
Os movimentos sociais de defesa dos Direitos da Comunidade LGBTI+ repudiaram a decisão da Prefeitura de SP e prometeram resistir.
No dia 2 de julho de 2019, após protestos e pressão popular, a Prefeitura de São Paulo recuou do fechamento do Centro de Referência da Diversidade e renovou a parceria com o Grupo pela Vidda para a gestão do espaço.
No dia 2 de julho de 2019, após protestos e pressão popular, a Prefeitura de São Paulo recuou do fechamento do Centro de Referência da Diversidade e renovou a parceria com o Grupo pela Vidda para a gestão do espaço.