No dia 24 de julho de 2019, segundo reportagem de Felipe Betim do Jornal El País, um grupo de garimpeiros assassinou a golpes de faca o cacique da etnia Wajãpi Emira Wajãpi em Pedra Branca, município do Amapá(AP), região extremo norte do Brasil.Logo após o crime, cerca de 50 garimpeiros armados invadiram a Aldeia Mariry.A Fundação Nacional do Índio(FUNAI) confirmou a notícia e afirmou que a Polícia Federal e o Ministério Público Federal foram acionados.O Território Wajãpi fica próximo a fronteira com o Pará, foi demarcado em 1996, tem 6 mil kilômetros quadrados ricos em ouro que podem ser explorados artesanalmente apenas pelos cerca de 1300 indígenas, a despeito do interesse de garimpeiros e mineradoras.Metade do território Wajãpi fica inserido na Reserva Nacional do Cobre e Associados(RENCA) que o ex-presidente Michel Temer(MDB-SP) tentou extinguir em maio de 2017, sem sucesso,diante da forte repercussão negativa no Brasil e no Mundo.O Avanço de garimpeiros e madeireiros além de grileiros e mineradoras sobre as terras indígenas no Brasil tem aumentado após falas de membros do governo federal no sentido de incentivar a exploração econômica da Amazônia e o sucateamento progressivo da FUNAI.
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No dia 03 de março de 2019 o governo federal iniciou uma expedição liderada pela Fundação Nacional do Índio(FUNAI) abrigada agora no Ministério da Agricultura, e amparada por membros da Polícia Federal, do Exército do Brasil, e da Polícia Militar do estado do Amazonas, composta por 30 pessoas entre indígenas contatados, médico, auxiliar de enfermagem, enfermeiro, e servidores da FUNAI, com o objetivo oficial de pacificar o conflito entre a etnia Matis e a Korubo no Vale do Javari, região oeste do estado do Amazonas.A Medida é polêmica visto que desde 1987, a FUNAI desistiu de realizar contato com índios isolados por conta dos graves prejuízos culturais e de saúde pública.A FUNAI estima que os índios Korubo isolados tenham de 30 a 40 membros.Seis índios korubo já contatados integram a expedição para facilitar o contato com os membros isolados.Em 2014, segundo a FUNAI, o grupo dos Korubos isolados foram atacadaos pelos Matis que assassinaram de 8 a 15 korubos.O Ataque teria sido uma vingança dos matis após a morte de dois de seus membros por indígenas isolados korubos.No dia 04 de março de 2019, o Ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque disse em evento no Canadá com empresários do setor de mineração(PDAC 2019-Prospectors and Developers Association of Canada) que o governo Bolsonaro estuda liberar a atividade mineradora em áreas restritas como em terras indígenas e zonas de fronteira "após consulta próxima com populações indígenas, sociedade organizada, agências ambientais e o Congresso Nacional."O Ministro foi fotografado ao lado de membros da ADIMB, a Agência para o desenvolvimento Tecnólogico da Indústria Mineral Brasileira, entidade privada que realiza lobby, conexão e pesquisas entre participantes do setor de mineração e cujo presidente do Conselho Superior é Edson Ribeiro da Vale, responsável pelos crimes socio ambientais em Mariana em 2015 e Brumadinho em 2019,ambas cidades em Minas Gerais, que resultaram em mais de 380 mortes e uma devastação do solo, dos Rios Doce e Paraopeba e da fauna e da flora locais sem precedentes no Brasil.
foto:Funai
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foto:CPMR-Diretor Presidente do Serviço Geológico Brasileiro Esteves Pedro Colnago e o Ministro de Minas e Energia do Governo Bolsonaro, Bento Albuquerque, em reunião em Brasília./CPMR
foto:Contato feito pelo indigenista Sidney Possuelo, então chefe do Departamento dos Índios Isolados da Funai com índigenas Korubo no Vale do Javari, Amazonas, em 1996/foto:Ricardo Beliel
No dia 31 de janeiro de 2019, mais uma ação do Janeiro Vermelho, Mês de Luta pela Defesa dos Direitos Indígenas, deflagrou uma série de ações pelo Brasil e pelo mundo para chamar atenção da opinião pública para a ameaça da suspensão da demarcação de terras indígenas e para o genocídio contra os povos indígenas pressionadas pela indústria da madeira, pelo agronegócio, pela mineração e pelo mercado imobiliário.A Revista Época divulgou reportagem que denuncia suposto rapto de criança indígena kamayurá do Xingu pela Ministra dos Direitos Humanos do Governo Bolsonaro Damares Alves.
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foto:Heber Biella
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No dia 01 de janeiro de 2018, após a posse do presidente Jair Bolsonaro(PSL-RJ), saiu publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória que repassa ao Ministério da Agricultura, comandado pela ruralista Teresa Cristina(DEM-MS), a estrutura daFUNAI(fundação Nacional do Índio, responsável pela identificação, delimitação e demarcação de terras indígenas e sob o comando anterior do Ministério da Justiça), o departamento responsável pela gestão das terras quilombolas(anteriormente inserido no organograma do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA), e o Serviço Florestal Brasileiro(anteriormente sob a jurisdição do Ministério do Meio Ambiente).
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Joênia Wapixana(Rede-RR) foi eleita a primeira indígena mulher para o Congresso Nacional da história do Brasil.Recebeu 8.267 votos com 98,21% das urnas apuradas.É a segunda vez que um indígena chega à Câmara dos Deputados. A primeira vez foi a eleição de Mário Juruna(PDT-MS) em 1982.Joênia também a primeira mulher indígena a obter um diploma de curso superior de Direito da Universidade Federal de Roraima em 1997.Joênia se destacou durante o processo de demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em Roraima.
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Em 2018, os povos indígenas articularam 131 candidaturas pelo Brasil visando as eleições para presidência da República, para os governos estaduais, para o Congresso Nacional e para as Assembléias Estaduais Legislativas.Exempos são a candidata a vice presidente da chapa encabeçada por Guilherme Boulos do PSOL, Sônia Guajajara da Terra Indígena Arariboia no Maranhão; Joênia Wapixana, primeira advogada indígena do Brasil que atuou em defesa da demarcação das terras indígenas da Raposa Serra do Sol, candidata a deputada federal pela Rede Sustentabilidade de Roraima. No mesmo estado de Roraima há a candidatura de Telma Taurepang ao Senado Federal pelo PCB.Anísio Guatótenta uma vaga no Senado pelo PSOL do Mato Grosso do Sul.
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No dia 13 de setembro de 2017 o povo Guaraniocupou o Parque Estadual do Jaraguá em São Paulo a favor da revogação da Portaria 683 do ministro da Justiça do governo Michel Temer(PMDB-SP), Torquato Jardim, que revogou, por sua vez a possibilidade da ampliação da Terra Indígena Guarani, restringindo-a a apenas 1,7 hectare para acomodar os mais de 700 índios e índias guaranis.Os guaranis também repudiam a privatização dos Parques Estaduais de São Paulo, intenção do Governo do Estado de SP, comandado por Geraldo Alckmin(PSDB-SP).Um parecer emitido pela Advocacia Geral da União(AGU) e respaldado por Michel Temer em 20 de julho de 2017 estabelece que apenas as terras ocupadas por povos indígenas na data da promulgação da Constituição de 1988(05/10/1988) serão demarcadas.É o chamado Marco Temporal, que, se aceito pelo Supremo Tribunal Federal(STF), prejudicará a demarcação das terras indígenas e quilombolas no Brasil.
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foto:Heber Biella
foto:Euler Paixão
foto:Heber Biellafoto:Heber Biella
foto:Isadora
No dia 01 de janeiro de 2018, após a posse do presidente Jair Bolsonaro(PSL-RJ), saiu publicada no Diário Oficial da União a Medida Provisória que repassa ao Ministério da Agricultura, comandado pela ruralista Teresa Cristina(DEM-MS), a estrutura daFUNAI(fundação Nacional do Índio, responsável pela identificação, delimitação e demarcação de terras indígenas e sob o comando anterior do Ministério da Justiça), o departamento responsável pela gestão das terras quilombolas(anteriormente inserido no organograma do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária-INCRA), e o Serviço Florestal Brasileiro(anteriormente sob a jurisdição do Ministério do Meio Ambiente).
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Joênia Wapixana(Rede-RR) foi eleita a primeira indígena mulher para o Congresso Nacional da história do Brasil.Recebeu 8.267 votos com 98,21% das urnas apuradas.É a segunda vez que um indígena chega à Câmara dos Deputados. A primeira vez foi a eleição de Mário Juruna(PDT-MS) em 1982.Joênia também a primeira mulher indígena a obter um diploma de curso superior de Direito da Universidade Federal de Roraima em 1997.Joênia se destacou durante o processo de demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol em Roraima.
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Em 2018, os povos indígenas articularam 131 candidaturas pelo Brasil visando as eleições para presidência da República, para os governos estaduais, para o Congresso Nacional e para as Assembléias Estaduais Legislativas.Exempos são a candidata a vice presidente da chapa encabeçada por Guilherme Boulos do PSOL, Sônia Guajajara da Terra Indígena Arariboia no Maranhão; Joênia Wapixana, primeira advogada indígena do Brasil que atuou em defesa da demarcação das terras indígenas da Raposa Serra do Sol, candidata a deputada federal pela Rede Sustentabilidade de Roraima. No mesmo estado de Roraima há a candidatura de Telma Taurepang ao Senado Federal pelo PCB.Anísio Guatótenta uma vaga no Senado pelo PSOL do Mato Grosso do Sul.
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fotos abaixo: Heber Biella
fotos acima: Heber Biella
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No dia 30 de agosto de 2017 o Movimento Parque Augusta sem Prédios e a Rede Novos Parques SP participaram do Ato o Jaraguá é Guarani - Demarcação Já para pressionar o presidente Michel Temer(PMDB-SP) e o ministro da Justiça Torquato Jardim a reverem a revogação da portaria declaratória da Terra Indígena Guarani Aldeia Itakupe no Pico do Jaraguá que o governador Geraldo Alckmin(PSDB-SP) quer privatizar. Os índios guarani, membros de outras etnias e simpatizantes ocuparam o escritório da presidência da República em São Paulo e realizaram marcha pela Avenida Paulista. O Parque Augusta sem Prédios é a última área verde do centro da cidade de São Paulo e está ameaçado pela especulação imobiliária e pela privatização apesar da sanção da lei 15.941 em dezembro de 2013.
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foto:Heber Biella
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foto:Mídia Ninja